Cerca de mil professores participam do ato bloqueando a Av. Marechal Deodoro.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A paralisação e o ato de professores da rede estadual de Curitiba, que acontecem desde o início da manhã desta quinta-feira (30) na Praça Santos Andrade, estão gerando impactos em algumas escolas da cidade, que estão com aulas suspensas, e no trânsito do Centro, que tem algumas vias importantes totalmente bloqueadas. A manifestação acontece para marcar os 30 anos da greve da categoria de 1988, quando policiais militares jogaram cavalos, cães e bombas de efeito moral contra os manifestantes. Segundo a organização, são cerca de 2,5 mil participantes.

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FOTOS: Veja imagens da manifestação

Sobre as atividades escolares, a orientação da Secretaria de Estado da Educação (Seed) para os pais é de que liguem para as instituições de ensino e confirmem se as atividades estão mantidas. Porém, a diretriz do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), é de que nenhuma escola tenha aula.“Diferente das outras manifestações, já fomos informados de que será autorizada a reposição das horas dos servidores que aderirem à paralisação”, adiantou o professor Hermes Silva Leão, presidente da APP-Sindicato. No entanto, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) não confirma essa autorização de reposição das horas.

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Segundo informado durante o ato, 80% das escolas estariam com aulas suspensas. A informação veio da APP-Sindicato, mas a Seed ainda não confirmou o número.

Confira alguns dos colégios com aulas suspensas nesta quinta

Trânsito

A manifestação dos professores começou às 9h na Praça Santos Andrade. Na região, a Rua XV de Novembro está totalmente interditada entre o cruzamento com a Rua João Negrão e a Rua Tibagi. O trecho da Rua Conselheiro Laurindo entre Amintas de Barros e e a XV de Novembro, em frente ao Teatro Guaíra, também está bloqueada.

Por volta das 11h, eles seguiram em caminhada e bloquearam as ruas Marechal Deodoro, Avenida Marechal Floriano Peixoto, as vias próximas à Praça Tiradentes, Barão do Cerro Azul e a Avenida Cândido de Abreu. Os manifestantes devem se reunir na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, onde o ato deve continuar.

Reivindicações

Além de recordar os incidentes de 1988, a paralisação tem o objetivo de lembrar outras situações de violência sofridas pelos professores. Uma delas é a de 29 de abril de 2015, quando dezenas de manifestantes foram atingidos por disparos e outras agressões de PMs. “Temos sofrido inúmeros atos de violência física em nossas manifestações, sendo que o que queremos é respeito e o exercício de nossos direitos”, disse o presidente da APP-Sindicato.

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Fora as questões ligadas estritamente aos professores, os manifestantes mencionam também outras pautas. Entre elas a violência contra a mulher, o “Escola sem Partido” e a liberação do ex-presidente Lula. estão presentes no ato políticos como Gleisi Hoffmann (PT), Dr. Rosinha (PT) e Angelo Vanhoni (PT).

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Segundo Leão, representantes da classe também devem se reunir com a governadora Cida Borghetti após a caminhada até o Centro Cívico. No encontro, serão apresentadas reivindicações como reajuste salarial e a correção da distribuição de aulas. “O ambiente das escolas está muito ruim e os servidores estão adoecendo”, pontuou Leão. Além disso, a categoria solicita a anistia das faltas que foram lançadas aos participantes de outras manifestações da classe. “Essas faltas são ilegais e atacam nossas manifestações na tentativa de desmobilizar a categoria”, completou.

Confira o que alguns colégios informaram à Gazeta do Povo:

- Colégio Estadual do Paraná - bairro Centro
Poucas turmas têm aulas, maioria dos professores aderiu à paralisação.

- Colégio Estadual Professora Maria Aguiar Teixeira - bairro Capão da Imbuia
Não há aulas para nenhuma turma.

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- Colégio Estadual Professor Elias Abrahão – bairro Cristo Rei
Maioria dos professores compareceram, aulas seguem normalmente.

- Colégio Estadual Amâncio Moro - bairro Jardim Social
Todos os professores compareceram, aulas seguem normalmente.

- Colégio Estadual Professor Júlio Szymanski – Araucária, Região Metropolitana de Curitiba
Não há aulas para nenhuma turma.

- Colégio Estadual Afonso Pena – São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
Maioria dos professores compareceram, aulas seguem normalmente.

Concentração dos professores na Praça Santos Andrade.
Presença da Polícia Militar, que acompanha o ato desta quinta-feira (30).
Concentração dos professores na Praça Santos Andrade.
Angelo Vanhoni, deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT), participa do ato.
Dr. Rosinha, candidato ao governo do Paraná pelo Partido dos Trabalhadores participa do ato.
Ato bloqueia AV. Marechal Deodoro.
Ato bloqueia AV. Marechal Deodoro.
Ato bloqueia AV. Marechal Deodoro.
Ato bloqueia AV. Marechal Deodoro.