Falta de vacinas em Curitiba pode frustrar plano do governo estadual de vacinar todos os adultos até setembro| Foto: Geraldo Bubniak / AEN
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Era plano da prefeitura de Curitiba ampliar nesta quinta-feira (17) a faixa da população a ser vacinada conforme o calendário de idade, avançando para quem tem 52 anos. No entanto, por falta de novas doses, a prefeitura comunicou que não há vacinas em quantidade suficiente para abrir um novo grupo-alvo.

O estoque para o dia é de apenas 44 mil doses e estaria comprometido para a vacinação dos grupos prioritários com cronogramas já iniciados. Segundo a secretária da Saúde, Márcia Huçulak, seriam necessárias 253 mil doses para vacinar toda a população na faixa de 40 a 52 anos. A última remessa do governo estadual, no entanto, na segunda-feira (14), foi de apenas 12.550 doses para a faixa de 40 a 59 anos.

Diante da falta de imunizantes, nesta quinta-feira serão vacinados apenas os grupos-alvo já iniciados: professores do ensino básico (30 anos ou mais) e do superior (40 anos ou mais); pessoas com 53 anos ou mais que ainda não receberam a primeira dose; gestantes e puérperas; pessoas com comorbidades; pessoas com deficiência; profissionais de saúde; forças de segurança e salvamento.

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Em live nesta quarta-feira, o prefeito Rafael Greca reclamou, disse que Curitiba é injustiçada, pediu respeito e “correção do desequilíbrio no repasse de vacinas” por parte do governo estadual. “Curitiba está sendo prejudicada. Fizemos um levantamento e descobrimos que pelo menos 191 cidades do Paraná receberam, proporcionalmente, mais doses do que a capital. Estou pedindo que o governador Ratinho Junior repare esta injustiça. Não estou pedindo nenhum favor, estou pedindo respeito a Curitiba”, disse Greca. A Secretaria Estadual de Saúde negou que Curitiba esteja sendo prejudicada, mas disse que iria “averiguar o documento” enviado pela cidade.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]