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Caso Daniel: réus começam a ser ouvidos pela Justiça
| Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

Os sete réus envolvidos na morte do jogador Daniel Corrêa Freitas irão começar a ser ouvidos pela Justiça a partir desta terça-feira (13) na última etapa das audiências de instrução e julgamento. Nessa fase será definido se os réus irão a júri popular ou não. O primeiro a depor na 1.ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, será o empresário Edison Brittes Jr., assassino confesso do atleta. As oitivas dos acusados estão programadas para durar até quinta-feira (15).

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Na primeira parte da audiência de instrução e julgamento foram ouvidas as testemunhas de acusação em fevereiro, e as de defesa, em abril.

Não há um tempo estabelecido para que cada réu responda às perguntas do Ministério Público, responsável pela acusação, com direito à defesa por parte dos advogados dos réus. Os suspeitos têm o direito de ficar em silêncio durante o interrogatório.

Edison Brittes Jr., preso logo após o assassinato, é acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de adolescente e coação durante o processo será o primeiro a ser ouvido. Depois será a vez de David Willian Vollero da Silva, Ygor King e Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, que teriam ajudado a agredir Daniel ainda na casa da família Brittes. Eles são acusados de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente.

Cristiana Brittes, esposa de Edison Brittes Jr., será a quinta a ser ouvida. Ela é acusada por homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de adolescente. Brittes Jr. afirma que cometeu o assassinato porque o jogador teria tentado estuprar a mulher - Daniel tirou e compartilhou pelo Whatsapp fotos em que aparece ao lado de Cristiana na cama no quarto do casal. Antes de ser morto em um matagal, Daniel foi severamente agredido e teve o órgão sexual decepado.

Por fim, serão ouvidas as duas rés que estão em liberdade. Allana Brites, filha de Cristiana e Brittes Jr., que deixou a prisão na semana passada, é acusada de coação, fraude processual e corrupção de adolescente. Contra Allana o fato de ter enviado mensagens a duas testemunhas com o intuito de combinar detalhes do caso que seriam dados à polícia. O encontro ocorreu em um shopping no dia seguinte à morte do atleta.

Já Evelyn Brisola Perusso é acusada por denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de adolescente e falso testemunho. Ela participava da festa na casa dos Brittes e teria apontado à Justiça uma pessoa que não teve participação na morte.

Para as partes envolvidas no caso, o interrogatório é um momento mais importante do processo até aqui. “É a chance para os acusados fazerem a sua autodefesa”, destaca o advogado da família Brittes, Claudio Dalledone Jr. O advogado da família de Daniel, Nilton Ribeiro, que auxilia o Ministério Público na acusação, ressalta a importância da fala dos acusados. “É onde os réus irão se manifestar, porque até agora somente as testemunhas falaram”, enfatiza.

A ordem dos depoimentos poderá ser invertida caso os advogados solicitem. Após o interrogatório, o Ministério Público e a defesa terão um prazo de cinco dias cada para fazer suas alegações finais. Depois, a juíza responsável pelo caso tem prazo de dez dias para decidir se os réus vão a júri popular ou não e por quais crimes irão responder.

O caso

O corpo do jogador Daniel foi encontrado na manhã de 27 de outubro de 2018 em um matagal de São José de Pinhais, na região de Curitiba. A vítima teve o pescoço quase degolado e o órgão sexual decepado.

Antes de ser assassinado, o atleta havia passado a noite na festa de 18 anos de Allana. Depois da comemoração em uma casa noturna no bairro Batel, em Curitiba, o jogador acompanhou a família e outros amigos da jovem para uma outra festa na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais, onde foi espancado e, depois, levado para o matagal.

Daniel era jogador de futebol e teve passagens pelo Botafogo, São Paulo e Coritiba. Quando foi assassinado, atuava no São Bento (SP).

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