Em vídeo, Rafael Greca e Márcia Huçulak pedem mais doses ao governo estadual| Foto: Reprodução/Prefeitura de Curitiba
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O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), afirma que a capital precisa receber mais doses de vacinas contra a Covid-19 para conseguir cumprir com o cronograma de imunização divulgado no final da manhã desta quarta-feira (16) pelo governo do Paraná. Greca diz que a cidade está recebendo menos doses do que deveria, na comparação com outros municípios, e encaminhou um ofício ao governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) reivindicando uma “correção do desequilíbrio no repasse de vacinas anticovid”. A distribuição das vacinas enviadas pelo governo federal é realizada pelo governo estadual, por meio da Secretaria de Estado da Saúde.

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“Em relação ao calendário de vacinação divulgado nesta quarta-feira (16) pelo Governo do Estado, Curitiba informa que tem capacidade operacional para cumprir o cronograma, porém o município depende do repasse dos imunizantes. Para atender o primeiro grupo proposto até o dia 18 de julho - faixa etária de 52 a 40 anos – a capital precisa receber mais de 253 mil doses de vacina de primeira aplicação”, diz a prefeitura.

“Curitiba está sendo prejudicada. Fizemos um levantamento e descobrimos que pelo menos 191 cidades do Paraná receberam, proporcionalmente, mais doses do que a capital. Estou pedindo que o governador Ratinho Junior repare esta injustiça. Não estou pedindo nenhum favor, estou pedindo respeito a Curitiba”, disse Greca, em vídeo divulgado (veja abaixo) no início da noite desta quarta-feira (16).

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Também no vídeo, ao lado do prefeito, a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, afirma que Curitiba conseguiria aplicar 30 mil doses por dia. “Se houvesse imunizante, Curitiba teria capacidade para imunizar toda a sua população acima de 18 anos em menos de 30 dias”, disse ela.

Segunda dose

No ofício enviado ao governo do Paraná, a prefeitura de Curitiba lembra ainda que 202 municípios que avançaram na vacinação utilizando o estoque da segunda aplicação receberam doses extras depois, para garantir o esquema vacinal. Assim, argumenta a prefeitura, as cidades que seguiram as orientações para guardar as segundas doses, como Curitiba, acabaram prejudicadas.

Outro argumento da prefeitura tem relação com a vacinação em Curitiba de pessoas que trabalham na cidade, mas moram na região metropolitana, em referência à imunização de profissionais da saúde, trabalhadores da educação e das forças de segurança: "Por isso, esse quantitativo de doses enviadas à capital precisa ser maior".

Sesa nega tratamento desigual e diz que vai analisar ofício

Procurada pela Gazeta do Povo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) se manifestou através de uma nota, na qual sustenta que “tem agido de maneira transparente, respeitosa e democrática” e lembra que “as ações da pasta no enfrentamento à pandemia não são baseadas apenas na vacinação, mas também na abertura e custeio de leitos, equipamentos e medicamentos do kit de intubação”.

De acordo com a Sesa, as vacinas contra a Covid-19 “são distribuídas igualitariamente entre os municípios desde o primeiro lote recebido pelo Paraná, de acordo com a orientação de cobertura vacinal do Ministério da Saúde”. “Todas as cidades são abastecidas proporcionalmente com doses referentes a cobertura dos grupos que devem ser atendidos em cada remessa”, continua a nota.

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Por fim, a Sesa afirma que “respeita o posicionamento de todos os municípios e irá averiguar o documento enviado por Curitiba”.