Secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, na homenagem que recebeu pelo Dia da Mulher na Associação Comercial do Paraná.| Foto: Ricardo Marajó / ACP
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Assim como o governo do Paraná, a prefeitura de Curitiba aguarda os números de casos de Covid-19 do carnaval para definir se encerra ou não a obrigatoriedade do uso da máscara na capital. Os números serão avaliados já no início da próxima semana. O carnaval aconteceu há uma semana, mas os sintomas da doença podem aparecer entre 10 e 14 dias após o contágio.

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"Se a gente não tiver repique do carnaval, devemos a partir da semana que vem liberar a máscara em ambientes externos, já que temos grande parte da nossa população vacinada", declarou a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, no discurso em que foi homenageada pelo Dia da Mulher na Associação Comercial do Paraná (ACP).

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A secretária de Saúde aproveitou o discurso para elogiar a população curitibana, que segundo ela acatou muito bem a necessidade de usar a máscara não só para se proteger, mas principalmente para impedir que o coronavírus se espalhasse ainda mais pela cidade. "O curitibano foi muito parceiro. O curitibano é muito disciplinado e a população fez a diferença, usou a máscara, entendeu que estávamos em uma guerra contra o vírus, não uns contra os outros", apontou Márcia.

Também nesta terça-feira (8), o vereador Alexandre Leprevost apresentou proposta para acabar com a obrigatoriedade da máscara em ambientes abertos, como praças, parques e vias públicas. A obrigatoriedade seguiria para ambientes fechados, incluindo os ônibus.

Curitiba chegou a criar uma lei específica para fiscalizar medidas sanitárias da pandemia, em especial o uso de máscara. Sancionada em janeiro de 2021 pelo prefeito Rafael Greca, a lei de número 15.799 prevê inicialmente advertência verbal por parte dos fiscais ou guardas municipais que flagram pessoas sem máscara. Se mesmo assim a pessoa insistir em não usar a proteção, a multa pode variar entre R$ 150 a R$ 550.

Já a obrigatoriedade em ambientes fechados deve continuar em Curitiba, mesmo com a queda no número de infecções. No caso do estabelecimento que não controla o uso de máscara de todas as pessoas no ambiente, a multa varia de R$ 550 a R$ 1.550 por pessoa sem proteção, seja funcionário ou cliente.

No Paraná, a primeira cidade a liberar a população da máscara em ambientes abertos foi União da Vitória. O prefeito do município do Sul do estado assinou decreto segunda-feira (7) determinando que o uso de máscara passa a ser facultativo em ambientes abertos. Porém, como o decreto estadual que exige o uso ainda está em vigência, a população de União da Vitória terá que continuar usando máscara em todos os locais, já que a determinação do estado se sobrepõe à dos municípios.

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Prefeitura x ACP

No evento do Dia da Mulher na ACP, a secretária de Saúde lembrou das diferenças que teve com a própria entidade ao longo da pandemia em às medidas sanitárias preventivas, em especial os lockdowns, quando todo o comércio teve de fechar as portas para conter a circulação do vírus.

"A guerra era contra o vírus, com cada defender os seus. Como o presidente Camilo Turmina [da ACP] representando o comércio. Por outro lado, tínhamos que fazer o enfrentamento", comentou a secretária de Saúde.

Márcia Huçulak afirma que a prefeitura vai publicar nos próximos dias um estudo em uma revista científica internacional sobre a eficácia das medidas restritivas, em especial o lockdown, na queda dos índices da Covid-19 em Curitiba. "Esse estudo vai mostrar a queda do número de casos e, consequentemente, de óbitos cada vez que tomamos medidas", concluiu a secretária de Saúde da capital.

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