Mesmo não sendo algo comum, tubarões podem aparecer nas proximidades das praias do Paraná.| Foto: WSL/AFP

Depois da suspeita da presença de um tubarão na praia de Matinhos, no Litoral do Paraná ter cancelado a primeira etapa do Campeonato Paranaense de Longboard no domingo (28), restou uma dúvida: era realmente um exemplar do animal mais predador dos mares? Para o Corpo de Bombeiros, que foi acionado pela organização do evento, a maior probabilidade era de que se tratasse de um boto à procura de tainhas. O biólogo Hugo Bornatowski, professor do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (CEM-UFPR), entretanto, explica que há sim possibilidade de o animal ser um tubarão.

CARREGANDO :)

Bornatowski explica que apesar de não ser algo comum, tubarões podem aparecer nas proximidades das praias no Paraná. E, como são animais selvagens, não podem ser controlados. “A organização do evento foi certíssima em cancelar o campeonato. Apesar da dúvida sobre ser um tubarão ou um golfinho, é melhor não arriscar”, alerta o especialista.

Bornatowski explica que não é comum que as espécies mais encontradas no Litoral paranaense sejam agressivas com humanos. Tanto que nunca houve registro de ataques de tubarões nas praias do estado. “Normalmente os tubarões da região ficam de 5 a 10 quilômetros de distância da costa. Mas a presença deles na praia, muito mais do que um sinal negativo, é algo positivo”, esclarece o professor. De acordo com o especialista, há mais motivos para preocupação se nunca forem vistos tubarões nas redondezas, já que eles são um sinal de equilíbrio no ecossistema marítimo.

Publicidade

Entre as principais espécies de tubarão no litoral paranaense encontram-se o tubarão martelo, o galha preta e o cabeça chata do sul, também conhecido como cabeça redonda. Mas o o bióloo do CEM-UFPR diz que não é possível definir com certeza qual animal seria. “Em imagens realmente não conseguimos afirmar se era um golfinho ou um tubarão. Mas se fosse um golfinho provavelmente teria sido visto dando saltos para fora da água para respirar”, argumenta.

Colaborou: Cecília Tümler