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| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo/Arquivo

O aumento do número de incidentes envolvendo escorpiões na Região Metropolitana de Curitiba tem feito com que muita gente tenha até medo de dormir. Na Lapa, por exemplo, moradores até mudaram hábitos do dia a dia na tentativa de evitar um encontro com o aracnídeo. Pinhais também está em alerta.

“Eles aparecem nas frestas, entram por debaixo das portas e sobem pelas paredes. Na semana passada encontrei três no meu quintal e um dentro de casa”, revela a microempresária Zilma França, de 45 anos. E, mesmo sem ter nenhum familiar picado pelo animal, o temor persiste. “A gente já deita com medo. Antes de dormir batemos todos os lençóis e travesseiros pra ter certeza de que não tem nenhum escorpião”.

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Quem vive situação parecida é Rosana Maria Rodrigues, 54 anos, também moradora do município, no bairro Esplanada. Segundo a dona de casa, no último domingo (03), a família foi surpreendida por uma visita inesperada durante a tarde. “Estávamos conversando no sofá e meu filho estava com o braço pendurado para fora da janela. Ele sentiu algo subindo no braço dele e, quando foi ver, era um escorpião”, lembra.

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Apavorada, Rosana associou imediatamente a aparição à morte repentina de sua cadelinha da raça Poodle, na semana passada. “Não temos como saber se ela foi picada por um escorpião, mas fato é que ela morreu de repente. Não estava doente nem nada disso. A gente fica com dúvida”, lamentou.

Infestação

Segundo as moradoras, os relatos de escorpiões encontrados são bem comuns dentro dos grupos de WhatsApps formados por quem vive na cidade — e, justamente por isso, temem uma possível infestação.

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A prefeitura da Lapa, porém, descartou essa possibilidade e diz que tem observado com cuidado as notificações recebidas em relação ao surgimento de escorpiões no município. “Segundo o Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, o último caso notificado de picada de escorpião foi em 13 de novembro de 2018, onde o paciente foi prontamente atendido na UPA Municipal, não sendo necessário aplicação do soro por ordem médica. Naquele caso o paciente não apresentou evolução do quadro”, explica em nota.

Ainda assim, destaca que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e a Vigilância Epidemiológica do município mantêm programas de orientações e notificações em locais que possam servir de criadouro para escorpiões e outros animais peçonhentos. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 156 ou pelo 3547-5068.

Pinhais

Em Pinhais, também na RMC, o aumento no número de ocorrências forçou a prefeitura a divulgar um guia com orientações sobre como evitar a proliferação do animal. “No geral a prevenção é sempre a mesma; onde houver entulho, lixo, coisas em desuso acumuladas, encontraremos as pragas urbanas, sejam escorpiões, aranhas, carrapatos e os mosquitos”, explica Cristiane da Conceição de Barros, da Gerência de Vigilância Ambiental, do Departamento de Vigilância em Saúde de Pinhais.

Segundo a administração municipal, apesar de o animal encontrado no Centro da cidade ser de uma espécie que não oferece risco à saúde, a recomendação ainda é que as pessoas que sejam picadas procurem atendimento médico. Além disso, ela pede para que as pessoas coloquem o aracnídeo em um pote com tampa e entrem em contato com a Vigilância Ambiental para o setor recolha o animal para identificação.

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