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Mais de 2.500 pessoas  foram afetadas pelas fortes chuvas | Lineu Filho/Tribuna do Paraná
Mais de 2.500 pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

Representantes da Defesa Civil se reunem na manhã desta segunda-feira (3) com o prefeito de Itaperuçu, Hélio Guimarães (PSD), para definir se o município da região metropolitana de Curitiba vai decretar estado de calamidade pública após o forte temporal com ventos de 100 km/h que destruiu diversos imóveis e vitimou dois adolescentes na noite de sexta-feira (30).

“Passamos o final de semana inteiro tentando nos recompor, mas os processos administrativos começarão agora, quando definiremos se haverá decreto de calamidade pública e também organizaremos o atendimento social”, informa o assessor de administração da prefeitura de Itaperuçu, Fábio Tabolka.

O decreto de calamidade pública depende da emissão de laudos técnicos informando a situação das residências, prédios públicos e vias afetadas. O município solicitou o auxílio de técnicos do estado para a realização desse trabalho emergencial e aguarda a chegada dos profissionais à cidade.

Duas escolas, um hospital e diversos comércios de Itaperuçu amanheceram fechados nesta segunda-feira (3). A cidade tenta se recuperar dos estragos causados pela forte chuva com ventos de 100 km/h na noite da última sexta-feira (30). Dados atualizados da Defesa Civil do Paraná na manhã desta segunda informam que 1.694 pessoas foram afetadas, das quais, 34 seguem desalojadas e nove, desabrigadas. Além disso, o número de casas danificadas chegou a 414 e duas mortes foram confirmadas - dois adolescentes de 14 e 16 anos que foram atingidos pela queda de um muro ao tentarem se proteger do temporal.

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Segundo o capitão Romero Nunes da Silva Filho, da Defesa Civil, uma escola municipal e uma estadual foram danificadas com a forte chuva. O Hospital e Maternidade de Itaperuçu também foi atingido e aproximadamente 30 pacientes receberam encaminhamento emergencial para o hospital da cidade vizinha Rio Branco do Sul. “Praticamente toda a cidade também ficou sem energia elétrica e sem água durante o fim de semana, mas esses serviços já está sendo restabelecido”, informou.

Funcionários da Copel estiveram na cidade no fim de semana para religar o fornecimento de luz. Os servidores da companhia tiveram de percorrer trechos longos a pé já que o acesso a diversos imóveis estava bloqueado por árvores caídas. Na manhã desta segunda-feira, 64 imóveis dos 6,2 mil que foram afetados em Itaperuçu ainda estão sem energia. A previsão da Copel é de que a situação seja normalizada até o fim da manhã.

Os prédios públicos afetados pelas chuvas permanecem fechados, como a prefeitura. “Alguns serviços serão suspensos. Ainda não temos a lista completa de quais são eles, mas informaremos em breve”, aponta Tabolka.

Domingo começou o envio de ajuda humanitária à população de Itaperuçu, com a entrega de lona, kit dormitório e kit higiene, que grande parte da população recebeu. Durante o fim de semana, a Defesa Civil enviou 3 mil telhas para as residências atingidas e mais de 20 bobinas de lonas. Cerca de 35 famílias precisaram deixar suas casas e foram atendidas com cestas básicas e kits de higiene. Parte dessas famílias retornou às suas residências no domingo (2).

Microexplosão

A suspeita inicial era de que a cidade teria sido atingida por um tornado. No entanto, isso outra hipótese foi sugerida pelo Instituto Simepar. De acordo com o meteorologista Samuel Braun, o que ocorreu pode ter sido uma microexplosão, fenômeno meteorológico menos conhecido que é semelhante a um tornado. A principal diferença, segundo Braun, é que não houve a formação do cone.

“A microexplosão é como se toda aquela quantidade de chuva que está condensada na nuvem caísse no solo de uma única vez, acompanhada de fortes rajadas de ventos”, explicou.  O fenômeno provoca um forte estouro, muito semelhante a uma explosão, e ainda costuma provocar grandes estragos.

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