Jogador Daniel, assassinado em São José dos Pinhais em outubro de 2018.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

A primeira audiência de instrução e julgamento do assassinato do jogador Daniel Correa Freitas, de 27 anos, teve a data antecipada pela Justiça. Inicialmente marcada para 27 de fevereiro, a 1ª Vara Criminal, Júri e Execuções Penais de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde ocorreu o crime, transferiu a audiência para 18 de fevereiro, daqui a menos de um mês.

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Assassinado no fim de outubro de 2018, o corpo do atleta, com passagem por Coritiba e São Paulo, foi encontrado em um matagal em São José dos Pinhais com o pescoço quase degolado e o pênis decepado.

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O advogado Claudio Dalledone Jr, que representa a família Brites - o assassino confesso, o empresário Edison Brittes Jr, a esposa dele, Cristiana Brittes, e a filha do casal, Alana Brittes -, havia solicitado a prorrogação da data para entre os dias 7 e 20 de março. No entanto, a juíza Luciani Martins de Paula verificou não haver agenda disponível e adiantou as oitivas para o 18 de fevereiro, às 13h. As audiências poderão se estender até os dias 19 e 20, se for necessário.

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Além da família Brittes, também são réus no processo os jovens David Willian Vollero Silva, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, Evellyn Brisola Perusso e Ygor King.

O crime

O jogador Daniel foi convidado a participar da festa de aniversário de 18 anos de Allana em uma casa noturna no bairro batel, em Curitiba. Na saída da casa noturna, já de madrugada, parte do grupo decidiu continuar a festa na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais.

Edison alega que cometeu o assassinato porque pegou Daniel tentando estuprar sua esposa, Cristiana, que já estava na cama dormindo. O atleta chegou a tirar fotos e a enviar a um amigo no WhatsApp dele ao lado de Cristiana na cama. A hipótese de estupro, entretanto, foi descartada pela Polícia Civil na investigação.

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Daniel foi espancado dentro de casa. O jogador foi levado muito machucado no porta-malas de um carro para um matagal, onde foi assassinado a facadas. Ele também teve o pênis decepado e quase foi degolado.

As investigações do assassinato levaram a polícia a descobrir mais suspeitas sobre Edison Brittes Jr relacionadas a possíveis outros crimes. A moto que o empresário usava estava no nome de um traficante de drogas preso pela Polícia Federal. Já o carro como qual ele levou Daniel para a área rural onde foi assassinado está no nome de uma empresa de material de construção, mas seria de um investigador da Polícia Civil que responde a três processos: assassinato, extorsão mediante sequestro e organização criminosa. Ele está afastado de suas atividades desde junho de 2017.