Protesto de moradores segunda-feira, pedindo a saída dos manifestantes.| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

Incomodados com a vigília pró-Lula (PT) que acontece há 37 dias no entorno da Polícia Federal (PF) em Curitiba, moradores do bairro Santa Cândida e movimentos como República de Curitiba e Acampamento Lava Jato prometem impetrar na Justiça um mandado de segurança contra a prefeitura de Curitiba e o governo do estado para cobrar o cumprimento do interdito proibitório que impede a permanência dos manifestantes no local.

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A decisão foi comunicada na manhã desta terça-feira (15), em entrevista coletiva da advogada dos moradores, Patrícia de Castro Busatto, com a presença do delegado da PF Gastão Scheffer Neto, que é morador do bairro e se envolveu em confusão com os manifestantes no começo do mês. Na noite de segunda-feira (14), os moradores fizeram um ato com foguetório pedindo o fim da vitília a favor do petista.

De acordo com a Patrícia, todas as medidas cabíveis já foram tomadas pelos moradores, incluindo a realização de reuniões com a prefeitura e o governo, mas a situação segue inalterada. “Os moradores sofrem ameaças, têm o direito de ir e vir comprometido, são obrigados a conviver com o barulho das caixas de som acima do permitido e isso tem deixado os vizinhos muito incomodados”, afirma a advogada.

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Advogada Patrícia de Castro Busatto, que representa os moradores do Santa Cândida. 

Segundo Patrícia, nem o acordo que cancelou o interdito proibitório, firmado entre o Ministério Público e representantes dos movimentos sociais que ocupam o Santa Cândida, está valendo mais. “O acordo não foi homologado pelo juiz responsável. O que está valendo é o interdito proibitório, com a multa diária de R$ 500 mil para quem acampar em qualquer local público da cidade, o que inclui a suposta vigília que os manifestantes estão fazendo. Ela já dura 37 dias e pode ser considerada uma ocupação”, ressalta a representante dos moradores

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Segundo a Patrícia Schefer, os moradores do Santa Cândida devem aguardar alguns dias até o mandado de segurança ser impetrado. Eles ainda esperam uma atitude do governo do Estado, após a reunião de segunda-feira com a governadora Cida Borghetti.

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TRF-4

No dia 9 de maio, o prefeito Rafael Greca (PMN) cobrou do Tribunal Regional Federal (TRF-4) - a segunda instância da Justiça Federal, cuja sede é em Porto Alegre - uma solução para a vigilia pró-Lula . Em conversa com o presidente do TRF-4 , o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, Greca solicitou mais uma vez a transferência do petista para um presídio.

“O prédio da PF não é uma penitenciária e a Justiça não pode violar a lei. Conversei com desembargadores do TRF-4 de Porto Alegre e fui muito bem recebido”, declarou o prefeito.