Atividades na ONG Um Lugar ao Sol| Foto: Reprodução / Facebook

Para manter a ONG Um Lugar Ao Sol em funcionamento, no bairro Tatuquara, em Curitiba, a idealizadora do projeto, Bianca Baldini, terá que vender seu próprio apartamento para pagar os custos. O imóvel já foi anunciado por uma imobiliária da capital. O barracão em que se instalam atualmente é alugado e o proprietário o pediu de volta, já que deseja vendê-lo. Por não ter dinheiro suficiente para comprar o empreendimento, a ONG terá que mudar de sede pela terceira vez desde sua criação, em 2012.

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“Tenho dois apartamentos no meu nome deixados pela minha avó de herança. Um deles foi deixado para minha filha, mas como a ONG está precisando, terei que vendê-lo. O outro foi deixado para mim e meus dois irmãos. Desse pegarei somente uma parte da venda”, conta Bianca.

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Durante os sete anos de atividade, a Um Lugar ao Sol já atendeu mais de 200 crianças e adolescente em situação de risco ou vulnerabilidade social da comunidade Bela Vista, no Tatuquara. Hoje, a ONG atende 50 crianças e adolescentes dos 4 ao 16 anos, durante os fins de semana. Entre as atividades oferecidas no local há jiu jitsu para crianças, adolescente e adultos, reforço escolar de matemática, português, história e inglês e atividades lúdicas.

As dificuldades, no entanto, são uma realidade desde 2012. O primeiro barracão utilizado pela ONG ficava dentro da comunidade Bela Vista. Ela dividia o aluguel com um rapaz que organizava cultos. Quando o inquilino saiu do imóvel, as contas ficaram apertadas. “O dono queria vender o imóvel por R$ 150 mil em um terreno de invasão. Além de ser caro, não era regularizado”, explica a dona do projeto.

A ONG foi remanejada para outro barracão, também dentro da comunidade. Lá, a Um Lugar Ao Sol funcionou durante cinco anos. O motivo para saírem de lá foi o mesmo que está enfrentando agora, a venda do imóvel.

Na terceira mudança, o projeto se instalou fora da comunidade, em outubro de 2018. Com poucos meses de uso, porém, o proprietário avisou que desejava vender o imóvel. “Nosso contrato encerra em outubro de 2019. No entanto, desejo vender meus apartamentos para comprar outro imóvel, com mais espaço. O que estamos hoje é pequeno. Acredito que com o dinheiro na mão possa conseguir ofertas melhores”, afirma Bianca.

No momento, a dona do projeto não tem destino para o projeto até achar um imóvel para a nova mudança. Sem proposta ou recursos, Bianca aposta na venda dos apartamentos para dar andamento à ONG ,que comanda há sete anos.

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Um Lugar Ao Sol

A ONG Um Lugar Ao Sol atende crianças e adolescente da comunidade Bela Vista, no Tatuquara. Atualmente, o projeto conta com uma equipe de mais de 30 voluntários, incluindo professores para reforço escolar e aulas da modalidade marcial jiu jitsu.

As atividades ocorrem aos sábados, das 10h às 18h, e domingos, das 10h às 16h. Além das aulas, a ONG se compromete a oferecer cafés da manhã, almoço e lanches. “Os suprimentos para alimentação vem de parcerias e doações. No entanto, perdi as contas de quantas vezes tive que tirar dinheiro do bolso para comprar uma carne”, relata Bianca.

Por estar fora da comunidade, as crianças participantes do projeto são levadas até a ONG pelos próprios organizadores do projeto, em uma Kombi. “Nós buscamos e levamos eles na comunidade. Minha avó, quando era viva, me ajudou a comprar uma Kombi para fazer o transporte das crianças”, conta a dona da Um Lugar Ao Sol.

Quem quiser colaborar com a ONG de alguma forma e também conhecer o trabalho realizado, pode entrar em contato por meio da página da Um Lugar Ao Sol no Facebook.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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