Explosão em apartamento no bairro Água Verde matou um menino de 11 anos e deixou três pessoas gravemente feridas.| Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo

A Impeseg, empresa de impermeabilização envolvida na explosão de um apartamento no bairro Água Verde, em Curitiba, em 29 de junho, teve o pedido de alvará negado pela prefeitura da capital. A licença foi solicitada dois dias após o acidente, que matou um menino de 11 anos e deixou outras duas pessoas gravemente feridas. Até esta terça-feira (9), as vítimas seguiam internadas na UTI do Hospital Evangélico Mackenzie.

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O pedido do alvará protocolado após a explosão indica que, além de irregular perante a Delegacia de Armas e Munições (Deam), o estabelecimento também não atuava de acordo com as normas do município.

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A solicitação era para abertura de um escritório e consta em nome de Bruna Formankuevisky Lima Porto Correa, para a loja 1 do endereço Rua Professor Narciso Mendes, n°. 520, no bairro Xaxim. Bruna e o marido, José Roberto Porto Correa, são donos da Impeseg, que já funcionava no endereço citado, embora o local nunca tivesse sido registrado na Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU).

No processo, a pasta justificou a recusa por causa das características da atividade, que implicaria em manter equipamentos no ambiente e extrapolaria o serviço de escritório.

Desde o fim da semana passada, funcionários da Impeseg vêm prestando depoimento à Polícia Civil. Ao delegado Adriano Chohfi, que conduz as investigações, eles já chegaram a dizer que não sabiam que os produtos com os quais trabalhavam era inflamável e que o material usado pela Impeseg já chegou a embarcar em um avião como refrigerante.

A reportagem entrou em contato com o advogado do casal dono da Impeseg, Ricardo Brzezinski, mas a defesa não quis se pronunciar.