Depois de pelo menos meia-hora de confusão, com direito a janelas e vidraças quebradas, empurra-empurra, contenção com escudos e gás de pimenta - PMs e guardas municipais conseguiram evitar que dezenas de servidores públicos em greve invadissem a Câmara de Vereadores de Curitiba, na manhã desta segunda-feira (18).

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Os servidores protestam contra um pacote de medidas enviado pelo prefeito Rafael Greca, que atinge diretamente o funcionalismo público.

A reportagem da Gazeta do Povo apurou, no local, que três manifestantes teriam sido detidos ao forçar entrada no prédio, por volta das 10h da manhã. Alguns conseguiram entrar no hall de entrada, mas não passaram dali. Depois, a polícia conseguiu fazer o cordão de isolamento avançar e empurrou os manifestantes até a escadaria do prédio histórico da Câmara. Segundo o diretor da Câmara, Daniel Dallagnol, duas pessoas ficaram feridas e foram atendidas pela médica da casa.

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Apesar do clima tenso, o presidente da Câmara, Sabino Picolo, decidiu dar continuidade à pauta do dia e colocou em votação os projetos de lei de interesse do Executivo. Os vereadores já aprovaram o projeto que trata do congelamento de promoções e do plano de carreira por dois anos e a proposta que reduz o número de servidores liberados para trabalhar em sindicatos. Falta apenas votar a proposta de reajuste salarial de 3,5%.

Por causa do regime de urgência aprovado na semana passada, os textos não precisaram de parecer das comissões. Em 2017, a aprovação de medidas propostas por Greca que contrariavam interesses de servidores - incluindo o congelamento do plano de carreira, que está novamente em pauta - gerou confronto entre manifestantes e a polícia.