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O abastecimento de dinheiro nas agências bancárias e caixas eletrônicos está totalmente normalizado no Paraná nesta segunda-feira (9), segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Valores do Estado. Por conta da greve dos trabalhadores que fazem a segurança dos carros-fortes, realizada na semana passada, diversas unidades ficaram sem cédulas em Curitiba e região. Na tarde de sexta-feira (6), um acordo estabelecido entre patrões e empregados deu fim à paralisação.

Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, ainda na sexta-feira o trabalho foi retomado. "Cerca de 80% dos trabalhadores já estavam circulando pela cidade com os carros-fortes às 18 horas", afirma. O presidente da entidade patronal, Gerson Benedito Pires, conta que, com o trabalho de sábado (7) e domingo (8), todos os caixas eletrônicos que estavam sem cédulas foram reabastecidos. "Nesta segunda-feira as atividades estão completamente normalizadas", informa.

A greve dos transportadores de valores começou na segunda-feira (2). Os trabalhadores pediam um reajuste de cerca de 12% sobre o piso salarial e sobre o vale refeição, mas a proposta das empresas era de aumento de 5,5%. Na manhã de sexta-feira (6), trabalhadores e representantes das empresas participaram de uma audiência conciliatória no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Não houve consenso com relação ao reajuste.

Na audiência, os trabalhadores afirmaram que encerrariam a greve apenas se as empresas retirassem novas cláusulas que haviam proposto para a convenção coletiva, como a redução do piso de salário em 15% para os novos contratados e a retomada da compensação de jornada. As empresas solicitaram, então, que os trabalhadores retirassem o pedido de 14º salário e redução na jornada de trabalho.

Como não houve acordo na audiência, as empresas apresentaram uma nova proposta, desta vez sem a intermediação do TRT. O acordo, que foi aceito pelos trabalhadores, foi de um reajuste de 7%, porém sem redução de piso para os novos contratados, e sem a exigência de compensação de jornada. Os trabalhadores, por sua vez abriram mão do 14º salário.

Vigilantes bancários

Depois de ficarem três dias fechadas, também em consequência da greve de vigilantes, as agências de Curitiba e região estão abertas normalmente para o atendimento ao público desde a quinta-feira (5). Os vigilantes que fazem a segurança em agências bancárias decidiram, na quarta-feira (4), suspender a paralisação da categoria, depois que aceitaram, em assembleia, a proposta de reajuste de 10% feita pelo TRT em audiência de conciliação.

Em nova reunião conciliatória, na quinta-feira (5), o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp-PR), negou o acordo. Mesmo assim, os vigilantes informaram que não pretendem retomar a paralisação por enquanto. Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, os trabalhadores vão esperar o julgamento do Dissídio Coletivo para depois discutir novos rumos para o movimento.

Na tentativa de acordo, o desembargador do trabalho propôs reajuste de 10%, incidentes sobre o piso salarial e o vale alimentação, além de reajuste do adicional de risco, que passaria dos atuais 7,5% para 10% sobre o piso já reajustado. A proposta chega bem próximo dos 12% reivindicado pelos trabalhadores, sendo 7% de reposição da inflação e mais um aumento real de 5%.

De acordo com o TRT, o Sindesp-PR afirmou que 70% das empresas associadas alegaram não poder pagar o valor proposto, em virtude da crise econômica mundial. O sindicato das empresas usou o acordo feito em Goiás para rejeitar a proposta. Naquele estado, a categoria aceitou reajuste de 6,48%. Para o sindicato dos trabalhadores, a realidade econômica em Goiás é diferente do Paraná e por isso não serve de base para análise.

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