A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a TIM Participações já vinham conversando há cerca de um ano e meio sobre a qualidade dos serviços da empresa, disse à agência Reuters uma fonte da agência reguladora.
Segundo essa mesma fonte, no caso da Claro e da Oi, a atenção da agência com a situação da qualidade dos serviços se intensificou no começo deste ano.
As três empresas foram punidas pela Anatel com suspensão de vendas de novos chips de celulares em alguns estados a partir de segunda-feira, justamente por problemas na qualidade. A TIM terá as vendas suspensas em 18 estados e no Distrito Federal; a Oi, em cinco estados; e a Claro em três.
"Eles não foram surpreendidos. Talvez as operadoras não achassem que fôssemos tomar medidas de suspensão", disse a fonte, sob a condição de anonimato.
Recurso
A empresa de telefonia TIM entrou nesta sexta-feira (20) com mandado de segurança contra a decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de suspender a venda e ativação de novos chips da operadora a partir da próxima segunda-feira (23).
O mandado foi protocolado na 4ª Vara Federal no Distrito Federal, e está sob julgamento do juiz Tales Krauss Queiroz. A Justiça Federal de Brasília informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o recurso só será julgado na próxima segunda-feira (23).
Em nota oficial divulgada na quinta-feira (19), a TIM disse discordar da decisão da Anatel e que a medida trará prejuízos ao setor de telecomunicações. "Tal medida desproporcional da Anatel certamente afetará a competição no setor de telecomunicações no país".
Qualidade
No caso da TIM, em particular, a fonte disse que, ao longo do ano passado, houve períodos em que a qualidade do serviço melhorou, mas em seguida alguma ação promociomal da companhia aumentava o número de clientes e os índices voltavam a piorar.
"A superintendência (de Serviços Privados da Anatel) chamou (a TIM) e eles fizeram um plano de investimento. Melhorava, mas a companhia fazia alguma ação de marketing que piorava tudo de novo, aumentava o nível de reclamação", disse a fonte da Anatel.
Segundo ele, o trabalho de monitoramento da qualidade das três empresas pela superintendência de Serviços Privados acabou arrefecendo nas semanas que antecederam o leilão de 4G, que foi organizado pela mesma equipe da superintendência nos dias 12 e 13 de junho.
"Assim que o leilão acabou, voltou o acompanhamento mais intenso. E aí, já com alguns dados técnicos da fiscalização, comparados com as reclamações, vimos que havia uma tendência de degradação que estava preocupante", disse.
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