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As principais bolsas europeias fecharam esta sexta-feira (9) com fortes altas, impulsionadas pelo acordo sobre o reforço da disciplina orçamentária na Eurozona.

O principal índice da Bolsa de Londres, o Footsie-100, ganhou 0,83%, fechando aos 5.529,21 pontos. O CAC 40, de Paris, subiu 2,48%, aos 3.172,35 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 1,91%, aos 5.986,71 pontos. O IBEX 35, de Madri, ganhou 2,23%, aos 8,649,7 pontos, e o índice FTSE Mib, de Milão, avançou 3,37%, a 15.484 pontos.

Acordo: nove países sinalizam adesão e isolam Reino Unido

A Europa ficou dividida em uma rixa histórica nesta sexta-feira (9) sobre o estabelecimento de uma união fiscal para preservar o euro, com a grande maioria dos países, liderados por Alemanha e França, concordando em ir adiante com um tratado separado, deixando o Reino Unido isolado.

Nove países estão prontos a se juntar aos 17 membros da zona do euro para esboçar um novo tratado intergovernamental a fim de aprofundar a união fiscal destinada a enfrentar a crise de dívida soberana na região, de acordo com um novo conjunto de esboços de conclusões da reunião de cúpula nesta sexta-feira (9). A decisão parece isolar o Reino Unido ainda mais como o único dos 10 países de fora da zona do euro na União Europeia a não concordar em aderir à mudança no tratado. "Os chefes de Estado ou de governo de Bulgária, República Checa, Dinamarca, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia e Suécia indicaram a possibilidade de tomar parte neste processo depois consultar seus parlamentos onde apropriado."

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, classificou a decisão como um passo adiante para regras orçamentárias mais rígidas que, segundo ele, são necessárias se a união monetária de 17 nações quiser sair mais forte dos dois anos de turbulências de mercado. "Isso será a base para um bom pacto fiscal e para mais disciplina na política econômica dos membros da área do euro", disse Draghi. "Nós chegamos a conclusões que terão de ser mais concretizadas nos próximos dias." A chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar muito satisfeita com as decisões. O mundo verá que a Europa aprendeu com seus erros, disse ela. Merkel, líder de maior poder na Europa, disse que não desistiu da esperança de que a Grã-Bretanha concordará eventualmente em mudar o tratado da UE para ancorar uma disciplina fiscal mais dura.

Última chance

Durante a reunião considerada como última chance para salvar o euro, com os mercados financeiros não convencidos pelos esforços das autoridades até agora, os líderes também tomaram decisões importantes sobre o fundo permanente de resgate, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM), que entrará em vigor antecipadamente em julho de 2012. Mas os líderes decidiram que o ESM terá uma capacidade efetiva de financiamentos de 500 bilhões de euros, e não será autorizado a atuar como um banco, conforme quer a França. Tal autorização permitiria ao ESM refinanciar-se nas operações de liquidez do BCE e daria a ele enorme poder de fogo, mas isso quebraria as regras da UE, que proíbem o BCE de financiar déficits governamentais. A cúpula da UE também acertou que países do bloco forneçam até 200 bilhões de euros em empréstimos bilaterais ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para ajudá-lo a combater a crise, com 150 bilhões vindos de países do euro.

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