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O governo brasileiro recebeu positivamente a notícia de que Estados Unidos e a China concluíram a primeira fase de um acordo comercial. A avaliação entre integrantes da equipe econômica é de que o acordo ajuda a dissipar tensões e pode contribuir para aumentar o comércio mundial, beneficiando o Brasil.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, disse à reportagem que as vantagens que o Brasil terá com o fim das incertezas causadas pela guerra comercial entre os dois países superam qualquer ganho pontual de mercado que o país teve com a disputa. "Estamos trocando o telhado da nossa "casa macroeconômica" e é muito melhor fazer isso com tempo firme do que com chuva pesada lá fora. Para um país que precisa entrar em ritmo vigoroso de privatizações e concessões, um cenário de estabilidade é muito melhor do que um cenário de incerteza", avalia.

Segundo a reportagem apurou, a promessa de que a China comprará mais produtos agrícolas dos EUA Unidos não é vista como uma ameaça pelo governo brasileiro. A avaliação é de que há espaço para os produtos brasileiros e norte-americanos no vasto mercado chinês (a exportação brasileira para a China vinha crescendo mesmo antes da guerra comercial e ante a concorrência dos produtos dos Estados Unidos). Além disso, o Brasil quer exportar produtos com maior valor agregado para o gigante asiático, mesmo no setor agrícola - como carne maturada, peixes congelados, suínos cortados - e esse é um desafio para os próximos anos.

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