Inmetro amplia rigor com brinquedo importado
Após problemas verificados com alguns brinquedos nos EUA, o diretor de qualidade do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), Alfredo Lobo, afirmou, em entrevista ao G1, que o instituto vai "restringir o processo de certificação de brinquedos importados".
China declara "guerra" a produtos com defeitos
A China iniciou uma campanha de quatro meses contra alimentos, medicamentos e outros produtos com defeitos ou contaminações, disse a imprensa estatal na sexta-feira, enquanto as autoridades adotavam táticas consagradas para melhorar a imagem dos rótulos "made in China".
Os recentes problemas envolvendo brinquedos importados da Mattel e da Gulliver fizeram com que o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) mudasse as regras para tornar mais rígido o controle na importação desses produtos para do país.
Antes, a empresa importadora podia escolher entre dois métodos distintos de verificação (controle). No primeiro, adotado por todas as importadoras de grande porte, como a Mattel e a Gulliver, a fábrica que produzia os brinquedos era analisada por um órgão fiscalizador, que ia à unidade fabril e verificava os materiais utilizados e as condições de trabalho. Depois, o primeiro lote importado era certificado e nova verificação só era realizada após um intervalo de quatro a seis meses.
Já no segundo método, mais utilizado por empresas que realizam importações esporádicas, não é feita a verificação da fábrica, mas todos os lotes têm que passar por inspeção e certificação.
Desde segunda-feira,o Inmetro determina que só o segundo método será utilizado para brinquedos importados.
- Apesar dos acidentes não terem acontecido no Brasil, o Inmetro está acompanhando o que vem ocorrendo no mundo, este aumento de acidentes com brinquedos feitos na Ásia, especialmente na China. Então, quisemos aumentar o rigor do processo de certificação - disse Alfredo Lobo, diretor técnico do Inmetro.
Segundo ele, todo o processo de verificação e certificação fica a cargo da empresa importadora, a um preço entre R$ 5 mil e R$ 20 mil por lote.
- Como as empresas nacionais ainda podem escolher entre os dois métodos, é possível que as importadoras entrem na Justiça pedindo tratamento igual. Mas, pensando na segurança das crianças, resolvemos correr este risco - afirmou o diretor técnico, ao explicar que a brecha para entrada dos brinquedos da Mattel que já tinham dado problema nos Estados Unidos ocorreu nos lotes não inspecionados. - Agora, blindamos o país contra o brinquedo de má qualidade.
Ímãs controlados
Tanto os brinquedos importados pela Gulliver como os da Mattel apresentaram problemas com ímãs que podiam se descolar e serem ingeridos pelas crianças. Por causa disso, o Inmetro alterou a norma de certificação brasileira, impedindo que esse tipo de produto seja importado ou produzido no país.
- Somente ímãs encapsulados, presos dentro do brinquedo, poderão ser vendidos no Brasil. Não serão mais aceitos imãs colados externamente, que fiquem ao alcance da criança - anunciou Lobo.
A Gulliver retificou, nesta segunda-feira, em nota oficial, o número de brinquedos da linha Magnetix que foram postos no mercado brasileiro .
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