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Enquanto boa parte da nova classe média brasileira ainda sonha com o status da motorização, representado pela compra do carro zero quilômetro, um outro grupo redescobre a bicicleta como um meio de transporte limpo, barato, eficiente e saudável. Con­­ceitos como sustentabilidade, mobilidade e cicloativismo têm ajudado a impulsionar uma mu­dança no perfil dos consumidores.

"Pessoas diferentes estão se interessando pela bicicleta. Não é mais apenas o trabalhador em busca de uma Barraforte. Hoje tem o advogado, o engenheiro. Há uma mudança clara no perfil dos usuários", aponta o empresário Rei­­naldo José Haim, proprietário da Agência da Bicicleta. Segundo ele, cerca de 25% das vendas de bicicletas novos são para o público feminino. "Há menos de cinco anos essa participação era praticamente nula", compara.

Se a adesão ainda não é capaz de promover uma explosão nas vendas, como desejam os empresários, ou uma revolução no trânsito das grandes cidades, como sonham os usuários que fazem da bicicleta uma bandeira política, ao menos o mercado está mudando para atender esse novo público.

O gerente da loja, André Haim, aponta que o surgimento de novos modelos – como as bicicletas híbridas (para uso urbano em em trilhas leves), mountain bikes, bicicletas dobráveis e modelos femininos fora do padrão "Ceci" – têm ajudado a criar novos ciclistas.

"Não é mais só o lazer. É o transporte, o lazer, a saúde. A bicicleta é o futuro. Quando vou para casa de carro, vejo que a bicicleta é uma necessidade para o caos no trânsito. Hoje, por exemplo, estava com pressa e vim de bike", conta Rei­­naldo, que tem a loja há 67 anos.

Concorrência acirrada

Quem atua no setor faz tempo reclama que hoje há uma bicicletaria em cada esquina. Mas, se todas estão de portas abertas, é si­nal de que há espaço para todos.

A Portella, que também atua como atacadista de peças, diz que o crescimento do mercado é perceptível. "Distribuímos peças e equipamentos para várias bicicletarias de Curitiba. Recente­mente remanejamos dez funcionários para nossa a loja e repusemos as vagas na distribuidora", conta o vendedor André Gui­lherme Kelczeski. (ACN)

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