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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, elogiou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado nesta segunda-feira, mas afirmou que a economia brasileira só aumentará o ritmo de expansão com a adoção de medidas complementares. Monteiro Neto disse ainda não acreditar no cumprimento das estimativas de crescimento anual da economia de 5%, previstas no PAC.

- É possível acelerar o crescimento, no entanto, a sustentabilidade desse processo vai depender de uma série de medidas que terão que vir a seu tempo, inclusive na perspectiva das reformas estruturais - disse.

Apesar disso, Monteiro Neto avalia que o PAC é um marco importante no estímulo aos investimentos no Brasil.

- O pacote contempla tudo aquilo que o setor privado vem cobrando ao longo do tempo, ou seja, estímulo ao investimento, apoio para quem quer investir, marcos regulatórios, melhorias nas condições de financiamentos e desoneração tributária.

Com relação ao crescimento econômico projetado pelo PAC para 2007, Monteiro Neto disse que, mesmo com essas medidas, será difícil alcançar 4,5%. "Mas é possível que a partir de 2008 tenhamos um desempenho próximo dos 4% ou 4,5%", avalioou.

O presidente da CNI destacou ainda que a indústria esperava medidas de maior alcance na área fiscal e na desoneração dos investimentos. Entre as medidas de desoneração previstas no PAC está a possibilidade de recuperação de créditos do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) em um prazo de 24 meses. Até então, o prazo era de até 25 anos. O pacote prevê também a suspensão de cobrança do PIS e da Confins para novos projetos na área de infra-estrutura, aumento do prazo de recolhimento dos tributos para o dia 10 de cada mês, entre outros.

- Precisamos agora acompanhar como o programa será gerido ao longo do tempo, e qual será exatamente o alcance que essas medidas terão.

Para o presidente da CNI, a questão da infra-estrutura de transportes é o grande desafio que o governo tem pela frente, principalmente com a mobilização de recursos e da participação do setor privado.

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