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Conselho da Petrobras reelege Pietro Mendes e encaminha R$ 9,1 bi em dividendos adicionais

Petrobras
A presidente da estatal, Magda Chambriard, também foi reconduzida ao cargo no Conselho com votos da União. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Os acionistas da Petrobras reconduziram nesta quarta (16) Pietro Mendes à presidência do conselho de administração da estatal. Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Mendes segue como uma das principais indicações do governo para o comando da petroleira.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a assembleia-geral também confirmou a entrada do engenheiro e empresário José Fernando Coura, indicado pela União, como novo membro do colegiado.

Coura assume a vaga deixada por Vitor Saback, ex-secretário do MME, que deixou o cargo no governo e o conselho da Petrobras para assumir a presidência da produtora de cobre Paranapanema. A indicação de Coura partiu diretamente do ministro Alexandre Silveira e foi respaldada com 5,269 bilhões de votos — número exato necessário para garantir a cadeira no modelo de voto múltiplo.

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Além de Pietro Mendes, também foram reconduzidos com votos da União a atual presidente da estatal, Magda Chambriard, e os advogados Renato Galuppo e Rafael Dubeux, este último atual secretário da Fazenda. O economista Bruno Moretti, secretário da Casa Civil, também permanece no colegiado, mesmo tendo recebido 3,973 bilhões de votos — abaixo do piso necessário, mas ainda superior ao dos demais candidatos.

Outros nomes indicados pela União, como Benjamin Rabello Filho e Yvanira Correia, não receberam votos do governo. Embora seus nomes tenham sido submetidos pela terceira vez consecutiva, foram mantidos apenas como reservas, segundo apurou o Estadão/Broadcast, dentro da estratégia do Executivo para a composição do colegiado.

Do lado dos acionistas privados, o investidor Juca Abdalla e o contador Aloísio Macário Ferreira de Souza conquistaram assentos no conselho com ampla votação. Abdalla obteve 9,291 bilhões de votos, enquanto Macário alcançou 7,558 bilhões, ambos superando com folga o mínimo necessário.

Ambos haviam sido indicados pelo Fundo de Investimentos em Ações Dinâmica, ligado ao Banco Clássico, controlado por Abdalla, que detém cerca de 3% do capital da estatal — suficiente para eleger dois membros ao colegiado.

No total, oito das 11 cadeiras do conselho da Petrobras estavam abertas nesta eleição via voto múltiplo, das quais seis ficaram com os indicados do governo federal.

As outras três cadeiras permanecem ocupadas por membros não submetidos a esse modelo: Rosângela Buzanelli, representante dos trabalhadores; Francisco Petros e Jeronimo Antunes, eleitos separadamente pelos acionistas detentores de ações ordinárias e preferenciais. Uma das vagas foi reaberta em razão da renúncia de Marcelo Gasparino, ex-conselheiro e advogado, em março deste ano.

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Pagamento de dividendos

Em paralelo à reestruturação do conselho, a Petrobras comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a confirmação do pagamento de dividendos adicionais no valor total de R$ 9,145 bilhões, aprovado pela assembleia e anunciado inicialmente em 26 de fevereiro.

A distribuição será realizada em duas parcelas: a primeira, de R$ 0,36769707 por ação ordinária e preferencial, será paga em 20 de maio; a segunda, de R$ 0,36769708, em 20 de junho. Para os detentores de ADRs (recibos de ações negociados no exterior), os pagamentos ocorrerão a partir de 28 de maio e 27 de junho de 2025, respectivamente.

O direito ao recebimento dos proventos considera a posição acionária do dia 16 de abril para os papéis na B3 e 22 de abril para os ADRs. A partir desta quinta (17), as ações da companhia passam a ser negociadas ex-dividendos na bolsa brasileira.

Segundo a estatal, a remuneração total aos acionistas referente ao exercício de 2024 alcança R$ 73,905 bilhões, o equivalente a R$ 5,73413520 por ação ordinária e preferencial em circulação. Este montante inclui as antecipações pagas até março, no valor de R$ 64,760 bilhões, além dos dividendos adicionais agora ratificados.

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