A taxa de desemprego medida pelo IBGE nas seis maiores regiões metropolitanas do país (Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre) ficou em 8,2% em fevereiro, frente aos 7,6% registrados no mês anterior e aos 5,8% de fevereiro de 2015. É a maior taxa para o mês desde 2009, quando ficou em 8,5%. Considerando todos os meses, a taxa é a maior desde maio de 2009 (8,8%).
104 mil empregos foram cortados no país em fevereiro; 2 mil no Paraná
Leia a matéria completaOs dados captados pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) refletem os efeitos do baixo crescimento da economia no mercado de trabalho, que perduram pelo segundo ano consecutivo. O resultado veio de acordo com a expectativa dos analistas — o Bradesco previa 8,2%.
No ano passado, a taxa de desemprego medida pelo IBGE nas seis maiores regiões metropolitanas do país ficou em 6,8% — o maior nível desde 2009, logo após a crise financeira internacional. Em 2014, ela havia sido de 4,8%, a mais baixa de toda a série histórica, iniciada em 2002.
Esse aumento de dois pontos percentuais na taxa média de desemprego foi o maior de toda a série anual da pesquisa, iniciada em 2002, e interrompeu a trajetória de queda que ocorria desde 2010.
O levantamento desta quarta-feira (23) foi a última divulgação da PME, que está sendo descontinuada pelo IBGE, por entender que outras pesquisas do instituto já contemplam índices sobre mercado de trabalho, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que cobre todas as capitais do país.
De acordo com este levantamento, o desemprego é generalizado. O contingente de desocupados passou de 6,7 milhões de pessoas em 2014 para 8,6 milhões no ano passado, quase dois milhões de desempregados a mais. A taxa média de desemprego em 2015 ficou em 8,5%, a maior da série histórica do estudo, iniciado em 2012. E, segundo especialistas, essa taxa deve ultrapassar os dois dígitos este ano.
-
Acordo do governo para reonerar folha de pagamento sela derrota do Congresso
-
Dívida do Brasil aumentou mais de R$ 1 trilhão, mas Lula não quer discussão
-
Haddad contraria Tebet e diz que não há espaço para desvincular aposentadorias ao salário mínimo
-
“PIB zero” e R$ 19 bilhões para reconstrução: as perspectivas do Rio Grande Sul após tragédia
A “polarização” no Copom e a decisão sobre a taxa de juros
Bolsonaro 5 x 4 Lula: BC se divide sobre juros e indica rumo após saída de Campos Neto
Ala econômica do governo mira aposentadorias para conter gastos; entenda a discussão
Maior gestor de fundos do país se junta ao time dos “decepcionados” com Lula 3
Deixe sua opinião