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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A greve dos bancários completou 17 dias nesta quinta-feira (22) com 13.159 agências fechadas, número um pouco inferior às 13.398 agências que não abriram na quarta-feira. Segundo o Comando Nacional dos Bancários, a redução na mobilização ocorreu porque a Justiça de alguns estados determinou a abertura de agências. A paralisação mais longa da história ocorreu no ano passado e durou 21 dias.

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No total, o número de locais sem atividade representa 55% dos pontos de atendimento do país. Os trabalhadores e os bancos já se reuniram oito vezes para tentar chegar a um acordo sobre o reajuste salarial da categoria deste ano. Os bancários pleiteiam 14,78% de reajuste; os bancos oferecem 7%.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, as decisões judiciais são fruto da “truculência dos banqueiros” e garantiu que a greve voltará a crescer. “Os banqueiros conseguiram interditos proibitórios para obrigar a abertura de algumas agências. Mas elas voltarão a aderir à greve, pois vamos caçar essas liminares”, afirmou.

Para amplificar as reivindicações da greve, a categoria realizou durante o dia mobilizações em vários estados. “Fechamos os centros administrativos dos três principais bancos privados em São Paulo e o prédio Matriz da Caixa em Brasília. Foi um movimento histórico e necessário”, disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten.

A data-base dos bancários é 1º de setembro. A pauta de reivindicações foi entregue pela categoria no dia 9 de agosto. Depois de cinco rodadas de negociação, os bancos formalizaram no dia 30 de agosto sua primeira proposta: de reajuste de 6,5% e abono de R$ 3 mil. Foi aí que os bancários decidiram pela greve. No primeiro encontro na mesa de negociação após o início da mobilização, a Federação dos Bancos (Fenaban) melhorou a proposta para os atuais 7%. Nas duas reuniões seguintes os bancos mantiveram sua oferta.

A categoria também reivindica participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.

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