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A relação do brasileiro com seus animais de estimação deve ser mais forte que a crise econômica. Sétima economia do mundo, o Brasil ostenta a segunda posição no mercado pet global, atrás dos Estados Unidos. Apesar de o setor prever pequena desaceleração em relação à expansão de 8% de 2014, o investimento deve seguir aquecido.

Duas gigantes globais estão construindo fábricas de rações, empresas do varejo especializado pretendem ampliar o número de lojas e até a Marfrig está apostando nos pets – a empresa vai produzir ossos bovinos naturais mastigáveis, petiscos naturais e bifes e hambúrgueres para cães, todos com marca Bonapet. Para atuar no novo segmento, a Marfrig investiu R$ 1,5 milhão na modernização da sua fábrica em Itupeva (SP).

Gatos são as novas estrelas

Os gatos podem se tornar, por volta de 2020, os melhores amigos dos brasileiros. Embora os cães ainda sejam maioria entre os animais de estimação no país (são 40 milhões, contra 25 milhões de gatos), o mercado voltado aos felinos cresce o dobro do ritmo anual do dedicado aos cachorros

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Fábrica no Paraná

Entre os investimentos industriais, a americana Mars, líder em alimentos para pets no país com as marcas Pedigree (para cães) e Whiskas (gatos), está com o projeto mais adiantado. A empresa vai inaugurar em 2016 uma unidade de R$ 140 milhões em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, para ampliar sua produção no Brasil em 35%. “Temos uma crença inabalável que, apesar de altos e baixos, o setor de pets é bastante promissor”, afirma João Carlos Rapacci, presidente da divisão de pets da Mars.

A Nestlé Purina, principal concorrente da Mars, também considera ampliar sua produção. A empresa poderá anunciar, até o fim do ano, a ampliação em sua capacidade de fabricação de rações. A divisão da Nestlé dedicada à alimentação animal domina 16% deste mercado no país, que movimenta R$ 11 bilhões ao ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). As fatias da Mars são de 44% (rações de gatos) e 29% (cães), segundo dados de mercado.

Hoje, o segmento de alimentação animal representa cerca de dois terços do segmento pet, que movimentou R$ 16,4 bilhões no ano passado. Esse montante põe o Brasil na segunda posição global do setor, com 7%. O país só perde para os Estados Unidos, que dominam 33% do mercado pet. Hoje, são 65 milhões de “consumidores” – 40 milhões de cães e 25 milhões de gatos.

Urbanização

Além da expansão natural do mercado, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), José Edson Galvão de França, diz que as vendas do setor de pets são beneficiadas pela urbanização da população, que passa a viver em apartamentos. Isso contribui para que o brasileiro abandone um hábito antigo, o de cozinhar para o animal de estimação, e passe a adotar o alimento industrializado.

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