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O ministro da Previdência, Nelson Machado, disse nesta sexta-feira que o governo vai cortar o ponto dos médicos peritos do INSS que aderiram ao movimento de paralisação. Nelson Machado afirmou que o corte é um recurso previsto em lei, que também vai refletir nas gratificações dos grevistas e que é uma medida para evitar prejuízos exclusivos à população.

- Essa greve certamente vai prejudicar os segurados, mas vai prejudicar também os médicos peritos. O ponto está sendo cortado, os dias serão descontados e teremos um problema sério com a gratificação que os médicos peritos têm neste momento - disse o ministro.

O ministro disse que a paralisação está com uma pauta "bastante frouxa" e garantiu que o governo está tomando todas as medidas para melhorar o atendimento e garantir a segurança dos servidores, duas reivindicações dos grevistas.

Inicialmente prevista para durar apenas 48 horas, a paralisação se transformou nesta quinta-feira numa greve nacional, por tempo indeterminado , depois da morte da chefe da perícia médica de Governador Valadares (MG), Maria Cristina Souza da Silva. A categoria cobra do governo uma solução para as agressões sofridas por peritos que dão parecer contra a concessão de benefícios. Segundo eles, o descaso do governo culminou com o assassinato de Maria Cristina.

O crime aconteceu na última quarta-feira a poucos metros da residência da vítima. Ela tinha acabado de entrar no carro e se dirigia para o trabalho. Chegou a ser socorrida pelo próprio marido, que também é medico, mas não resistiu

Para o ministro, a morte não pode ser justificativa para a greve.

- O falecimento dessa pessoa querida não justifica uma greve de forma indeterminada com uma pauta bastante frouxa. Há muita preocupação com essa paralisação, que é parcial, mas que causa muitos constrangimentos para os nossos segurados - disse.

De acordo com o primeiro balanço geral da paralisação, divulgado pelo Ministério da Previdência, em 42% das agências não houve a realização de perícia médica, em 48% das agências a perícia foi realizada normalmente e em 10% houve atendimento parcial. A Justiça determinou que o serviço da perícia médica funcione com um contingente mínimo de 30% dos servidores em cada Agência da Previdência.

Ainda nesta quinta, testemunhas foram ouvidas a portas fechadas na sede da PF. No início da noite, Olmar Klich, assessor da Secretaria Nacional de Direitos Humanos chegou a Minas para acompanhar as investigações.

Nesta sexta, a Polícia Federal (PF) identificou um suspeito do assassinato , um menor que está foragido, segundo informou o delegado Rui Antônio da Silva.

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