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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, vai novamente pedir aos parlamentares, nesta terça-feira (23), que aprovem rapidamente o plano de resgate de US$ 700 bilhões para o setor financeiro e que não atrasem o debate com a inclusão de cláusulas desnecessárias.

"Nos últimos dias, ficou claro que existe um consenso bipartidário em torno de uma solução legislativa urgente", afirma Paulson, em depoimento preparado para ser apresentado ao Comitê Bancário do Senado. "Nós precisamos aproveitar esse clima e aprovar o projeto rapidamente e evitar atrasá-lo com outras cláusulas que não estão relacionadas ou que não tenham amplo apoio.

Paulson também concorda que há necessidade de um debate mais amplo sobre as falhas do sistema financeiro, mas agora é preciso ajudar a economia a superar a atual turbulência. "Quando passarmos esse período de dificuldade, o que iremos, nossa próxima tarefa deve ser responder aos problemas do sistema financeiro por meio de um programa de reforma que conserte nossa estrutura regulatória financeira antiquada e ofereça medidas fortes para lidar com outras falhas e excessos", disse ele, no texto do discurso.

Paulson enviou a proposta de resgate dos bancos ao Congresso durante o fim de semana, com planos de comprar os ativos sem liquidez que entopem o sistema financeiro, à medida que a crise de hipotecas de segunda linha (subprime) que começou há mais de um ano continua abatendo grandes instituições. Segundo ele, com a crise financeira atingindo "um novo nível" e contaminando o restante da economia, a causa fundamental pode ser resolvida retirando do sistema os ativos problemáticos relacionados às hipotecas.

Mercado financeiro

O secretário do Tesouro dos EUA alertou que os empréstimos podres no sistema financeiro "criaram uma reação em cadeia e, na semana passada, nossos mercados de crédito congelaram, com algumas empresas não financeiras tendo dificuldades em financiar operações normais". Segundo Paulson, "se essa situação persistir irá ameaçar todas as partes da economia".

No texto preparado, Paulson reiterou que o pacote precisa ser grande o suficiente para ser eficaz e proteger os contribuintes o máximo possível, com medidas para assegurar transparência e supervisão. Ele repetiu que "a proteção máxima aos contribuintes será a estabilidade do mercado que virá conforme retiramos os ativos problemáticos do nosso sistema financeiro".

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