Lisboa - Os jornais portugueses dão como certo o socorro financeiro do governo brasileiro a Portugal, que passa por uma crise econômica e tem que amortizar, até dia 11 de abril, 4,5 bilhões de euros de sua dívida pública. Dinheiro de que, segundo o jornal Público, o governo não dispõe em caixa. A publicação afirmou na manchete de sua edição de ontem que o "Brasil [está] disponível para comprar dívida portuguesa". Dá ainda como certa "a intervenção do governo de Brasília na resolução dos problemas financeiros portugueses". No Diário de Notícias, o destaque é para a "garantia" dada por Dilma para ajudar Portugal no que for possível.
A visita de Lula e sua sucessora era uma vista pelo governo português como uma oportunidade de atrair investimentos, ainda que indiretos, do Brasil. Na noite de terça-feira, Dilma tinha um jantar programado com o premier demissionário José Sócrates para discutir negócios entre os dois países, como a possível contratação de engenheiros e arquitetos de Portugal. Mas o encontro foi cancelado, o que adiou a expectativa do governo português de fechar parcerias apenas para a cúpula Brasil-Portugal, que ocorre no fim do ano, depois do prazo que o governo português tem para saldar sua dívida.
Novos rebaixamentos
Ontem a agência de classificação de risco Standard and Poors voltou a rebaixar a nota de Portugal, agora para BBB-, um ponto acima do "lixo", segundo classificaram os jornais e televisões portugueses. A agência Fitch, por sua vez, rebaixou a nota do maior banco de Portugal, a estatal Caixa Geral de Depósitos, de A para BBB+, e colocou outras cinco instituições privadas em observação. E destacou que, se o governo português não for ajudado em breve, pode voltar a rebaixar a nota do país.
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