O que você acha dos livros da UFPR?

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Ousados? Adequados? Improdutivos? Poucos? Muitos? As opiniões sobre os livros cobrados no vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) variam bastante entre os professores de Literatura procurados pela Gazeta do Povo. Há quem discuta a desproporção do número de livros pedidos com a qualidade e a quantidade de questões sobre eles. Outros, interessados que os alunos adquiram o hábito da leitura, advogam por uma lista menor, mas factível. A presença pouco frequente de autores paranaenses na lista também é sentida por muitos professores.

A professora Iara Bemquerer Costa, uma das coordenadoras do Núcleo de Concursos da UFPR, explica que alguns critérios são seguidos para definir a lista de obras. São considerados o valor literário, a variação de gêneros e a adequação das obras em relação à faixa etária média dos candidatos. "Se for considerada a questão da diferença daquilo que está no programa e o volume avaliado é importante notar que isso acontece com outras disciplinas, é impossível colocar tudo", lembra.

Análises

Para o professor João Amalio Ribas, do Curso Acesso, a definição dos livros deve ser discutida. "A lista das obras não é factível e não cumpre o seu papel de estimular a leitura", afirma. "A minha sugestão é avaliar quantas obras um aluno realmente consegue ler com proveito e profundidade em um ano de vestibular, momento em que ele tem muitas outras matérias para estudar, para que ele não se sinta um incapaz e de fato aprenda", continua.

O professor Fábio Bettes, do Curso Positivo, acredita que a qualidade da avaliação aumentaria se o tema da Redação também abordasse questões de Literatura Brasileira. "O estudante acaba tendo de produzir cinco textos a partir de temas que não avaliam a sua capacidade de reflexão, é uma pena. Por que não repensar a prova?", questiona.

E você, o que pensa do modelo de prova e da lista de livros cobrada no vestibular da UFPR? Faça o seu comentário!