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Zé Love ganhou até coro da torcida do Coritiba, mas sem o apelido: “Ah, Zé Eduardo!” | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Zé Love ganhou até coro da torcida do Coritiba, mas sem o apelido: “Ah, Zé Eduardo!”| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

O jogo

Em uma falha do zagueiro Chico, o Operário abriu o placar no primeiro tempo, com Sandro. Melhor no segundo tempo, o Coxa chegou à virada com Zé Love e Julio César.

Fora

A retomada das negociações com o Bahia tirou o meia Lincoln da partida com o Operário. No início da tarde de ontem, o atleta foi excluído da lista de relacionados, substituído pelo lateral-esquerdo Diogo. A oferta baiana já havia sido aceita pelo Coxa na semana passada, mas o jogador e o clube nordestino não tinham chegado a um acordo naquela ocasião.

Vestiário

Presidente recebeu carta dos atletas sobre impasse financeiro

Após a vitória sobre o Operário por 2 a 1 ontem, os jogadores do Coritiba voltaram a falar sobre o atraso dos direitos de imagem de cinco jogadores, Keirrison, Chico, Leandro Almeida, Lincoln e Deivid, o que motivou a saída deste último. A novidade foi que os atletas admitiram que uma carta assinada por todo o grupo foi encaminhada para a diretoria pedindo providências sobre o assunto antes da saída do centroavante.

"Teve uma carta e foram resolvidas algumas pendências. A diretoria entendeu e agora vamos rasgar esta carta", disse o meia Robinho. "Vai ficar entre a gente a diretoria [o teor da carta]", acrescentou, lamentando a saída de "um dos jogadores mais importantes da nossa equipe".

O meia Alex também comentou o assunto. "Fiquei surpreso com a decisão do Deivid, mas entendo, pois é uma situação delicada. Já a carta é um conjunto de situações com a diretoria, de quem cuida do dinheiro do Coritiba. São reivindicações de coisas que precisamos para o clube", afirmou.

Questionado sobre o problema, o técnico Dado Cavalcanti preferiu não se envolver e lembrou que é uma situação que está sendo resolvida entre jogadores e direção. "Não é nada generalizado, não envolve funcionários. A ação é de um grupo pequeno [de atletas], mas é algo que incomoda. É esperar que se resolva para que esses jogadores tenham tranquilidade", opinou o técnico.

Para o Paranaense, o Coritiba não pode mais inscrever jogadores. Agora, o treinador espera contratações para repor a ausência de Deivid na Copa do Brasil e no Brasileiro. "Não adianta ficar chorando o leite derramado. Vamos trabalhar com o que temos. O Julio César foi bem, fez o segundo jogo e segundo gol como titular. Mas vamos em busca da reposição", garantiu.

Os 4,6 mil pagantes que encararam a forte chuva da noite de ontem para ir ao Couto Pereira tiveram a oportunidade de ver a estreia de gala do atacante Zé Love. Após um ano e três meses sem jogar uma partida oficial, o jogador foi o melhor em campo na vitória do Coritiba sobre o Ope­­rário, por 2 a 1, de virada. O reforço debutou com a camisa alviverde com direito a gol e aplausos de pé da torcida quando foi substituído. E ganhou ainda o animado coro de "Ah, Zé Eduardo!".

"Hoje é um dia marcante, estou muito feliz com a minha volta, ainda mais com o gol", afirmou o atleta, que teve de se recuperar de uma inflamação no músculo adutor da coxa após a pré-temporada para poder entrar em campo pela primeira vez com o uniforme coxa-branca. "Tudo na vida tem a sua recompensa. Pela minha luta e do grupo, nós merecíamos a vitória", resumiu, destacando a dificuldade da partida.

A estreia tão comemorada por pouco não tornou-se a primeira derrota do Coxa para o Operário em 24 anos. Em um primeiro tempo em que pouco finalizou, os donos da casa viram o Fantasma abrir o placar com Sandro, após o zagueiro Chico salvar em um lance em que o goleiro Vanderlei já tinha sido driblado, mas devolver a bola no pé do atacante.

Porém, no segundo tempo, depois de ter quatro boas oportunidades de marcar durante a partida, Zé Love desencantou com o gol de cabeça, em cruzamento de Carlinhos. Aos 40 minutos, foi Julio César, com assistência de Keirrison, quem definiu a virada, fazendo com que o estreante pudesse comemorar a boa atuação com a liderança do Paranaense garantida.

"Eu vinha acompanhado os jogos da arquibancada, via a torcida e sonhava em fazer um gol. Hoje fui feliz", resumiu Zé Love, que ganhou a chance de ser titular sem nem passar pelo banco de reservas. A ascensão relâmpago surgiu com a saída de Deivid do clube, na quarta-feira, alegando atrasos frequentes nos pagamentos. O técnico Dado Cavalcanti conversou com a principal contratação da temporada para incentivá-lo a aproveitar essa oportunidade.

"Estava previsto que o Zé jogasse 45 minutos, 60 no máximo, mas ele esta­­va bem e com vontade. Aos 33 minutos do segundo tempo, quando ele fez o gol, eu não podia mais arriscar", afirmou o técni­co Dado Cavalcanti, admitindo que ficou surpreso que a estreia do camisa 7 tenha sido tão positiva.

"Era muito tempo parado e também estava ansioso, tinha tudo para não dar certo", admitiu o treinador. "Sem sombra de dúvida foi uma excelente atuação. A surpresa não foi pela qualidade dele, mas por tudo que envolvia essa estreia", acrescentou Cavalcanti. "Méritos do Zé, que entrou com criatividade e chamou a responsabilidade quando o Alex estava muito marcado", completou.

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