No quesito depressão, a humanidade evoluiu bastante. Hoje, é possível ficar deprimido a qualquer hora do dia e em qualquer lugar do planeta. É tanta informação, é tanta chatice à disposição do distinto público que não é mais necessário ter vocação para se deprimir. Basta apertar um botão. Motivos sobram.
Não são poucos os torcedores entristecidos com os seus times e, aqui, por exemplo, atleticanos, coxas e paranistas uniram-se para reclamar de tudo o que está acontecendo no campeonato.
Domingo tem Atletiba e para levantar o astral do torcedor, vencer o clássico é muito mais eficiente do que Prozac ou Efexor. Será um Atletiba reabilitador para o vencedor.
Nem o orgulho pela inauguração da nova Arena da Baixada foi suficiente para aplacar a ira da torcida atleticana contra o treinador espanhol, que pediu demissão. Ele foi embora, mas o futebol do clube segue administrado de maneira intempestiva e com pouco critério na formação do elenco que, no caso, necessita de reforços pontuais no miolo da zaga e no meio de campo.
Se a diretoria conseguir parar de inventar com a contratação de técnicos exóticos a manutenção de Leandro Ávila seria recomendável pelo relacionamento que tem com os garotos e de brigar com os poucos ídolos do elenco, pode ser que as coisas melhorem. A partida com o Corinthians mostrou novo perfil com ganhos para o Furacão.
Depois do sofrido empate com o desfalcado Internacional, a torcida coxa-branca saiu do Alto da Glória convencida dos equívocos cometidos na contratação de reforços, com destaque à dupla Jajá e Zé Love, que arrancou vaias estridentes das arquibancadas.
Celso Roth é treinador experiente e com currículo respeitável, porém não consta que seja milagreiro. Mas o tempo é curto e domingo tem Atletiba.
Paraná
A Lei Pelé trouxe muitos benefícios aos atletas, sobretudo para a minoria que nasceu com o dom de jogar futebol em alto nível e consegue contratos milionários no exterior, entretanto, causou danos a maioria que se tornou refém dos agentes e empresários que passaram a dominar o ambiente nos clubes.
Tudo acontece com a plácida concordância da maioria dos dirigentes, que não esboça nenhum tipo de movimento para diminuir o poder dos empresários do futebol. É o caso do Paraná, que se associou a Amaral Sports por absoluta necessidade. Este é o outro lado da moeda: quando os clubes se tornam dependentes dos donos dos direitos federativos dos atletas, o novo nome do velho e bom passe.
Um desentendimento entre o executivo da empresa e Roque Júnior teria determinado o afastamento do gerente do clube. Uma pena, pois além de tarimbado, Roque Júnior poderia contribuir para o desenvolvimento do futebol tricolor.
Vida que segue, amanhã o Paraná pega o Náutico na Vila Capanema.
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