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A vitória do Coritiba contra o Atlético (MG) foi dramática na medida em que o time coxa-branca teve muitas oscilações de ordem técnica durante os noventa minutos de jogo.

Era visível o nervosismo dos atletas. As melhores jogadas do Galo mineiro foram, aliás, exatamente por conta desse desequilíbrio emocional do Verdão. Prova disso é que o zagueiro Pereira e o volante Jailton cometiam erros que não condizem com a capacidade técnica deles.

Na outra mão, o quarteto dos visitantes, formado por Jonílson, Correa, Márcio Araú­­jo e Ricardinho ditava o ritmo no meio de campo, com liberdade, em função do mau posicionamento do Coritiba que, mesmo assim, quando acertou uma tabela entre Marcelinho Paraíba e Rômulo, saiu do zero do placar.

Para preocupação da galera alviverde, embora o Coxa estivesse vencendo, os erros persistiam a tal ponto que só não se transformaram em gol devido ao ótimo desempenho do goleiro Vanderlei.

Longe de ficar apenas preocupada, a torcida coxa-branca, percebendo o momento de instabilidade do time, demonstrou seu apoio incondicional e, ao mesmo tempo, torceu fervorosamente para o fim dos quarenta e cinco minutos iniciais.

No intervalo, em vez de trocar jogadores, inteligentemente, Ney Franco mudou o esquema tático, adotando o 3-5-2, com Jailton ficando na sobra, para melhorar a produção da equipe.

Assim, quando tudo parecia se encaixar na proporção das necessidades do Coritiba, pois Marcelinho Paraíba havia perdido uma oportunidade de ampliar o placar, ao contrário do que se esperava, o Atlético Mineiro empatou.

São fatos de uma partida qualquer de futebol, mas não o seriam se, no fundo, um empate não fosse um resultado desgraçadamente prejudicial para o Verdão nessa altura do campeonato. Mais ciente disso do que qualquer outra pessoa, Ney Franco trocou Rodrigo Heffener, Jailton e Pedro Ken, entrando Marcos Aurélio, Renatinho e Makelele os quais não só deram mais criatividade como também fortaleceram o setor defensivo da equipe.

Além disso, a saída do Ricardinho (um equívoco do técnico Celso Roth) facilitou a vida do Coritiba, pois era ele quem organizava as jogadas que levavam perigo à defesa alviverde.

Finalmente, a estrela de Marcelinho Paraíba brilhou novamente, alegrando a torcida coxa, ao cobrar e converter uma penalidade máxima, cometida pela segunda vez (a primeira ignorada pelo árbitro Paulo César Oliveira) por Benitez em Rômulo, que voltou ao time em grande estilo. É isso.

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