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Marquinhos Santos elegeu o confronto de hoje, com o Itagüí, como o "jogo do ano" para o Coritiba. Nas entrelinhas, o treinador está chamando os torcedores mais ariscos e os críticos para uma mesa de negociação. Oferece um primeiro passo firme para a conquista de um inédito título internacional, com o valioso bônus da Libertadores. Pede em troca um pouco de paz.

O negócio só vale a pena se o Coritiba tiver um bom resultado. Com o jogo de volta marcado para o fim de outubro, vencer bem o Itagüí renderá um mês de calmaria. Consolidará a ainda tímida melhora de desempenho apresentada contra Goiás e Fluminense. Oferecerá um analgésico poderoso para qualquer dor de cabeça que o rendimento no Brasileiro causar nas seis rodadas até a partida na Colômbia. Além de servir de estímulo para o Coxa no Nacional, onde claramente a ambição do clube mudou: de brigar por um lugar no G4 para atingir o mais cedo possível a pontuação para não cair.

O Coritiba precisará ter a mesma atenção de 98% do jogo com o Fluminense. Os 2% podem ser traduzidos para "não deixe o zagueiro adversário livre na sua área" e "não perca a chance de matar o jogo no último minuto". Júnior Urso volta, o que dá à defesa melhor proteção. Alex estará em campo, o que aumenta a chance de qualquer bola do jogo acabar na rede colombiana e de o tratado de paz proposto por Marquinhos ser duradouro. Não há melhor negociador para conflitos entre campo e arquibancada no Coritiba do que Alex.

Atenção

Arboleda é o lateral-direito do Itagüí. Invariavelmente é a ele que o goleiro Cabral recorre na saída de bola. Restrepo é o mais experiente. Dá o ritmo ofensivo e defensivo do meio de campo. É ele quem determina o momento em que a bola deve parar de rodar e ser esticada para os velozes Yessi Mena e Luís Quiñonez. São os jogadores mais importantes do Itagüí. A dupla de zaga é fraca pelo chão, bem como o lateral esquerdo Maturana, ruim na marcação. E o uso de três goleiros diferentes no semestre escancara que as Águias Douradas não encontraram um camisa 1 confiável.

Melhor chance

O Atlético tem a melhor chance de romper a barreira das quartas de final da Copa do Brasil. O retrato atual permite ao Furacão voltar virtualmente classificado de Novo Hamburgo. O Atlético joga muito bem fora de casa, no contra-ataque. O Internacional tem um péssimo rendimento como mandante. O Atlético vive seu melhor momento no ano. O Internacional vive seu pior momento no ano. Vagner Mancini arrumou o Atlético e avança bem no estágio seguinte, o de encontrar alternativas de jogo para manter o time em alta. O Internacional de Dunga se desarruma a cada rodada e o técnico parece não encontrar alternativa que dê jeito de transformar um elenco milionário em um time confiável. Uma oportunidade excelente, que não pode ser desperdiçada, sob risco de Dunga arrumar a casa no mês que separa o primeiro do segundo confronto.

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