• Carregando...

Tem jogo em que o locutor diz "o gol está maduro" e tudo o que se tem de fazer é esperar pela rede balançando. Ontem não foi assim, no Alto da Glória. O Coritiba até que tinha o domínio da partida, tempo maior de posse de bola, mas de tal forma estava o Bahia fechado e concentrado na marcação que as chances reais de gol não aconteciam.

E o tempo foi passando, a pressão apertando e nada de o Coxa propor qualquer sintoma de gol. Ao contrário do Bahia, que teve pelo menos duas oportunidades reais no primeiro tempo, ambas desfeitas pelo goleiro Vanderlei.

A consequência foi o único 0x0 da rodada, afastando do Coritiba cada vez mais as chances de participar do grupo de classificação à Copa Libertadores da América. Tanto assim que caiu até da primeira página dos classificados, superado pelo Atlético-GO, que venceu e fechou posição entre os dez primeiros.

O que faltou ontem ao Coxa foi inspiração, pois, com a rígida marcação dos baianos e a ausência de alguns titulares decisivos (o meio de campo completo, por exemplo), a saída teria de ser a jogada individual. E ninguém se prestou a isso, embora Rafinha tivesse se esforçado bastante para tentar superar a marcação.

Nas contas, os nove pontos de distância para o pior colocado dentre os classificáveis não deve alimentar mais sonhos de Libertadores. A não ser que ressurja aquele time que justificou citação no Guinness pelo que fez no primeiro semestre.

O juízo final

É só uma questão de tempo a agonia do Atlético. Acho que até o mais otimista dentre os torcedores atleticanos só está a imaginar o dia em que a agonia vai terminar, com a confirmação do rebaixamento à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro – o primeiro desde a era dos pontos corridos, o primeiro desde que subiu há 16 anos, campeão da Segun­dona com o Coritiba na carona, de vice.

No jogo de ontem ficou patente (para quem ainda poderia querer semear otimismo) o nível de limitação da equipe, que não conseguiu em momento algum interpor qualquer resistência ao Botafogo. Nem mesmo no segundo tempo, quando os anfitriões arrefeceram e permitiram mais tempo de posse de bola aos atleticanos. Domínio estéril, sem qualquer chance de ser transformado em reação.

E os resultados bem que ajudaram, com tropeços dos concorrentes diretos na rodada. Mas a questão não é nem essa. É que o time não reage nem aproveita as benesses oferecidas.

A aritmética aperta e o Atlético está quase ao ponto de ser obrigado a fazer 100% de aproveitamento para se manter na primeira linha do futebol nacional – em casa ou fora, seja contra quem for. Como, para quem mal consegue dar conta de suas partidas em casa contra adversários do mesmo nível? É querer muito, não é mesmo?

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]