Atlético entrega laudo e MP confirma jogo-teste na Arena da Baixada

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O Atlético entregou na manhã desta quarta-feira (14) as adequações no laudo de engenharia da obra da Arena da Baixada e teve o jogo-teste com o Corinthians liberado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que ameaçou pedir o cancelamento da partida marcada para as 19h30.

Segundo a promotora de Justiça Fernanda da Silva Soares, da 1.ª Promotoria de Defesa do Consumidor de Curitiba, o documento entregue é provisório, mas foi aceito pelo MP diante do compromisso do Furacão de arcar com a responsabilidade pela segurança no jogo-teste. A previsão é de que 30 mil pessoas compareçam ao amistoso.

A Promotoria ressalta que, para os jogos da Copa, há a necessidade de o Clube apresentar laudos atualizados.

"Está tudo ok. De acordo com o engenheiro [responsável pela obra] Luiz Volpato, ainda na terça-feira houve uma reunião dos engenheiros para atender aos questionamentos do MP e já foi tudo entregue", explicou coordenador-geral de Copa no Paraná, Mario Celso Cunha.

Segundo o Estatuto do Torcedor, para que qualquer partida ocorra, é necessário a apresentação de quatro laudos e o de engenharia é um deles.

"O laudo que o Atlético entregou conta como foi realizada a obra, a fundação, por exemplo. Não é a mesma coisa", justificou a promotora na terça-feira. Caso não recebesse o documento correto poderia ingressar com uma liminar impedindo o jogo,

O pedido para que os quatro documentos fossem entregues ocorreu há 45 dias, com o prazo até segunda-feira passada. Na data final o clube pediu ao Ministério Público uma prorrogação até terça-feira, quando os entregou. Como o Atlético demonstrou esforço para regularizar tudo, o MP ampliou o prazo até esta quarta para que o problema envolvendo o laudo de engenharia fosse solucionado.

Um caso semelhante a esse ocorreu com o Maracanã no ano passado. A três dias do jogo entre Inglaterra e Brasil, que aconteceu no dia 2 de junho, a Justiça cancelou a partida a pedido do Ministério Público, que alegava falta de segurança. Naquele caso o problema era o laudo da Polícia Militar, que foi apresentado no mesmo dia e a liminar foi cassada.