Por que a Arena da Baixada ainda não está pronta?
Porque a obra "nasceu" e "cresceu" em torno de polêmicas, carregada de brigas políticas. Primeiro disputou com um projeto de reforma do Pinheirão. Depois, o Atlético debateu se valeria a pena entregar a obra para uma empreiteira. Optou por fazer sozinho, tendo de convencer município e estado a serem sócios. Tudo isso atrasou o início e o andamento da construção.
A engenharia financeira que banca a obra deu certo?
O estádio só ficará pronto porque tem o poder público como maior financiador, responsável por bancar 2/3 dos R$ 184,5 milhões, o antigo orçamento. Contudo, a impontualidade no repasse dos recursos do BNDES via fomento Paraná, órgão ligado ao governo do estado resultou em paralisações e atraso no cronograma.
Como será a divisão dos custos?
Prefeitura de Curitiba e governo do estado assumem 2/3 do antigo orçamento, que era de R$ 184,6 milhões. Porém houve atualização nos custos, elevando o montante para R$ 330,6 milhões. O poder público diz que não bancará a diferença, como o Atlético pleiteia.
Haverá o jogo-teste contra o Corinthians nesta noite?
Tudo depende de o Atlético encaminhar ao Ministério Público até o meio-dia de hoje o laudo correto de engenharia do estádio.
O estádio será entregue 100% à Fifa?
Não. Segundo o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, obras "não vitais ao jogo em si", como infraestrutura para transmissão televisiva, devem correr de forma intempestiva, fora de prazo.
Quando ficará completo?
É bem provável que o Atlético terá de fazer reparos após a Copa do Mundo, o que não impede o clube de utilizá-lo. A Areninha (ginásio para 10 mil pessoas) e o teto retrátil certamente ficarão para depois.
Corre o risco de a Arena não ser totalmente testada até a Copa do Mundo?
Como falta menos de um mês e ainda há muita coisa para fazer no entorno, esse risco é sério. O Atlético pensa em fazer mais um jogo-teste, dia 21. Seria contra o Libertad, do Paraguai.
Quais as dúvidas do TC-PR sobre a engenharia financeira que viabilizou a obra?
O órgão alega falta de transparência. Por isso recomendou em alguns momentos que o governo do estado não liberasse mais recursos. O TC-PR quer mais detalhes sobre o orçamento final e aponta fragilidade nas garantias dadas pelo clube CT do Caju, contrato até 2018 com a Rede Globo e o próprio estádio.
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