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Hygino, ex-meio-campista do Coritiba nos anos 30 e 40,  morreu aos 95 anos | Adriano Rattmann
Hygino, ex-meio-campista do Coritiba nos anos 30 e 40, morreu aos 95 anos| Foto: Adriano Rattmann

Morreu em Piraquara, por volta das 11 horas de ontem, Regino Re­­boli, o ex-meio-campista Hygino, que atuou no Coritiba nas décadas de 1930 e 1940. Hygino tinha 95 anos e era o mais velho jogador vivo do Alviverde no centenário do clube, comemorado em 2009. Ele morreu de causa natural.

Hygino nasceu em Curitiba, fi­­lho de imigrantes italianos que se fixaram na região do Juvevê, próximo ao Parque Graciosa, antigo es­­tádio onde o Coritiba mandava os jogos, e do atual Couto Pereira. Apesar de fazer história no Alvi­­ver­­de, ele também atuou no Britânia, no Palestra e no Atlético. "Ele era torcedor do Coxa e dizia que queria estar vivo para ver o time voltar à Sé­­rie A. Foi como que o último de­­sejo dele", disse o arquiteto e compositor, Homero Reboli, um dos quatro filhos do ex-atleta. O filho de Hygino entrou para a história do clube ao ser, ao lado de Claudio Ribeiro, autor do hino oficial.

Ele acompanhou pelo rádio a partida em que o Coritiba venceu o Duque de Caxias por 3 a 2, na noite de terça-feira. Lúcido até os últimos dias de vida, Hygino tinha seus favoritos no time. "Ele gostava muito do Rafinha e chamava o Éd­son Bastos de supergoleiro. Ele era fã do Ariel [que saiu do clube no meio do ano] e curtia o estilo raçudo do Enrico. Adorava o Tcheco, tanto que ficou bravo quando ele saiu do clube pela primeira vez e on­­tem [terça] comentou a jogada maravilhosa do gol", contou o fi­­lho.

No Coritiba, Hygino esteve presente nos títulos do Torneio Início de 1930 e 1932 e nos títulos paranaenses de 1931 e 1935 – neste ele fez um gol no jogo de ida contra o Olinda, em Ponta Grossa. Atuou em 1932 na inauguração do Está­­dio Belfort Duarte, que mais tarde recebeu o nome de Couto Pereira. "Totalmente lúcido, ele se lembrava de jogos antigos e de colegas com que jogou", contou a filha ca­­çula, Giovana Reboli.

Fora do futebol, o ex-jogador tra­­balhou como contador do Ce­­fet, atual Universidade Tecno­­ló­­gica do Paraná (UTFPR). O enterro será hoje, às 9h30, no cemitério Par­­que Iguaçu.

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