• Carregando...

Quando a diretoria do Paraná falou que contrataria um técnico experiente, ninguém (ao menos não este colunista) imaginaria que Toninho Cecílio assumiria. Toninho tem experiência no futebol. Jogou bola, presidiu o Sindicato dos Atletas, foi dirigente e treinou alguns clubes. Essa última experiência, como treinador, é a que interessa ao Paraná neste momento. E ela é pequena demais para deixar o torcedor animado.

Em dois anos de banco de reservas, Toninho fez apenas um bom trabalho, no Grêmio Prudente. De todos os outros foi demitido por causa de maus resultados. Não quer dizer que ele vá fracassar na Vila Capanema, mas indica que a chance de sucesso é menor. Para dar certo no Paraná, Toninho terá de fazer o melhor trabalho da sua curta carreira.

Sérgio Guedes era melhor opção. Marcio Araújo era melhor opção. Ednélson era melhor opção. Toninho é a opção possível, inclusive no aspecto financeiro. O Paraná dá o passo que sua perna permite. E terá de chegar longe neste ritmo.

Aperto

Da cadeira mais importante da Petit Carneiro saiu o recado para que Renan Rocha aperte o ritmo nos treinos. A instafisfação com Weverton é crescente, embora o goleiro tenha crédito. Paulo Baier não chegou a bater boca, mas cobrou Drubscky no vestiário por ter sua entrada contra o Goiás abortada já na beira do gramado.

Após tantas provações, Ricardo Drubscky terá uma semana inteira para trabalhar. Será mais tensa que o previsto. O técnico precisará lidar com as demandas de dentro e fora do campo para armar um time capaz de retomar o crescimento. Derrota à parte, o trabalho do interino-efetivo passa a confiança na reação atleticana.

Mimimi

O cartão exibido a Neymar, domingo, no Couto Pereira é absurdo porque a regra é burra. Punir uma comemoração de gol – a não ser que ela seja inadequadamente provocativa ou ofensiva – é jogar contra aquilo que há de mais importante no futebol, a bola na rede.

Duro de engolir é a choradeira de Muricy Ramalho com as vaias a Neymar. Vaiar Neymar é totalmente diferente de não sentir prazer em vê-lo jogar. Os torcedores que vaiaram o santista em algum momento, no Couto Pereira, admiraram o golaço que empatou o jogo.

Falar que Neymar não seria vaiado assim na Europa é uma miopia maldosa. O próprio Neymar foi alvo de um arremesso de banana em amistoso da seleção na Inglaterra. Luís Figo, quando enfrentou o Barcelona pela primeira vez com a camisa do Real Madrid, foi alvejado por uma cabeça de porco e uma garrafa de uísque. Pressão existe em todo o lugar.

Ainda assim, bom guardar esse discurso de Muricy Ramalho. Vamos ver se ele vai falar o mesmo quando Paulo Henrique Ganso enfrentar o Peixe pela primeira vez na Vila Belmiro. Certamente Ganso não será aplaudido de pé.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]