Brasil estreia nas Eliminatórias levando olé do Chile em Santiago

Pela primeira vez na história brasileira em Eliminatórias para a Copa do Mundo, a seleção estreou com derrota. Na noite desta quinta-feira (8), sob gritos de olé da torcida local, o time comandado por Dunga perdeu por 2 a 0 para o Chile, fora de casa.

Sem criatividade e com muitos erros de passes, o Brasil foi dominado pelos atuais campeões da Copa América durante toda a partida. Sofreu para acertar a marcação sobre principais peças chilenas, como o atacante Alexis Sánchez e o meia Arturo Vidal, e acabou sofrendo os gols que determinaram a derrota no segundo tempo, com Vargas, aos 26 minutos, e Sánchez, aos 44. Foi uma derrota ao natural, que reflete o atual momento das duas seleções.

O Chile quebrou um tabu de 15 anos sem vitórias sobre o Brasil. Além disso, depois de sete jogos, Dunga conheceu seu primeiro revés diante dos chilenos.

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O comandante brasileiro não demonstrou irritação após a partida. Ele viu um jogo equilibrado e acredita que a seleção verde-amarela foi melhor que os chilenos, mas errou nos momentos decisivos. “A partida estava igual. No primeiro tempo, o time controlou bem o jogo, no segundo tivemos vários contra-ataques, mas tomamos decisões erradas. Sofremos o gol em uma bola parada e no final até tivemos chance de fazer um gol. Foi um jogo, até o gol, bastante parelho”, analisou.

Sem contar com sua grande estrela, o atacante Neymar, suspenso das duas primeiras partidas das Eliminatórias, o Brasil sofreu pela falta de sua referência técnica, não conseguiu mostrar entrosamento e não criou, de fato, nenhuma chance clara de marcar.

Os donos da casa, empurrados por um estádio lotado e impulsionados pela ótima fase, pressionaram o Brasil desde o início e chegaram a acertar duas bolas na trave enquanto o placar ainda estava fechado.

O volante Luiz Gustavo, autor da falta que originou o primeiro gol do Chile, prevê mais dificuldades do Brasil nas próximas rodadas.

“Temos qualidade. Mas o que mudou é que agora todos os times têm qualidade. O futebol está muito intenso. Todos têm jogadores muito fortes e isso tem feito a diferença”, tentou justificar o volante.