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Brasil de Pelotas não perdeu mandos de campo pelo STJD | Roberto Custódio / JL
Brasil de Pelotas não perdeu mandos de campo pelo STJD| Foto: Roberto Custódio / JL

Punições

LondrinaQuatro perdas de mando de campo, além de multa de R$ 20 milCláudio Tencati, treinador – 1 jogoMarcelo Rockenbach, massagista – 3 jogosMadison, atleta – 2 jogosAnderson, Marcelo, Diego Prates, Cristovam, Leonardo Dagostini, Bidía, Guilherme Amorim, Robinho e Hiago, atletas – 6 jogosAllan Vieira, atleta – 7 jogosBrasil de PelotasAbsolvido de multa e perda de mandos de campoRogério Zimmermann, treinador – 1 jogoJoão Berschorner, preparador físico – 3 jogosPaulo Sérgio, massagista – 3 jogosAlex Lessa, auxiliar técnico – 6 jogosEduardo Martini, atleta – absolvidoEduardo Brock, Eduardo Martins, Ederson, Jenner, Nunes, Gustavo e Cirilo – 6 jogosMárcio Jonatan – 10 jogos

O Londrina perdeu quatro mandos de campo como punição pela confusão generalizada que se instalou no Estádio do Café, na partida contra o Brasil de Pelotas, em 1.º de novembro, pela Série D do Campeonato Brasileiro. O julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) prevê que duas destas partidas sejam disputadas a pelo menos 100 quilômetros de distância de Londrina e outras duas no Estádio do Café, mas sem a presença da torcida. A punição será paga na Série C de 2015. O Brasil de Pelotas foi inocentado desta acusação. A sentença pode ser reformada pelo Pleno do Tribunal caso a defesa do Tubarão recorra.

Veja imagens da Batalha do Café

Entre os réus do Tubarão, a maior punição foi para o lateral-esquerdo Allan Vieira, que pegou um gancho de sete partidas. Outros nove jogadores não poderão atuar em seis jogos: o goleiro Marcelo, o zagueiro Leonardo Dagostini, o lateral-direito Cristovam, o lateral-esquerdo Diego Prates, os volantes Guilherme Amorim e Bidia, os meias Robinho e Anderson e o atacante Hiago.

Por fim, o atacante Madison deve ficar fora de campo por dois jogos. Destes atletas punidos, Leonardo, Cristovam e Madison já tiveram suas saídas confirmadas pelo Londrina.

Na comissão técnica, foram punidos: o técnico Cláudio Tencati (suspenso por um jogo) e o massagista Marcelo Rockenbach (suspenso por três jogos).

Do lado dos gaúchos, o atacante Márcio Jonatan ficará 10 jogos sem atuar. Outros sete atletas foram punidos com seis partidas de suspensão: Eduardo Brock, Eduardo Martins, Ederson, Jenner, Nunes, Gustavo e Cirilo. Já o goleiro Eduardo Martini foi absolvido das acusações.

Na comissão técnica, quatro membros foram punidos, incluindo o treinador Rogério Zimmermann, que assim como o comandante alviceleste, deve ficar fora por uma partida. Receberam sanções: o auxiliar técnico Alex Lessa (seis jogos), o massagista Paulo Sérgio e o preparador físico João Berschorner (ambos com três partidas).

O julgamento

O julgamento começou pouco antes das 11h. O processo era o quinto de sete na pauta do tribunal, mas por conta da complexidade e da quantidade de réus – 27 no total – foi para o fim da fila de julgamentos. Pelo menos um dos cinco auditores pediu a pena máxima ao Tubarão – perda de 10 mandos de jogo –, mas o resultado final foi uma punição mais branda para o Londrina.

Além dos clubes, 25 pessoas foram denunciadas por terem influência direta na confusão generalizada que interrompeu a partida entre as duas equipes, válida pela semifinal da Série D do Campeonato Brasileiro, por quase meia hora no segundo tempo do jogo de 1º de novembro, no Estádio do Café.

A leitura do processo levou mais de meia hora - ao todo, são mais de 30 páginas. Por volta das 11h30, advogados e auditores da 4ª Comissão Disciplinar estavam assistindo às imagens da briga generalizada. As gravações são peças integrantes do processo juntadas pela procuradoria do SJTD a partir da coleta em diversas emissoras de televisão e órgãos de imprensa.

Entre as imagens está a gravação do cinegrafista da RBS, afiliada gaúcha da Rede Globo, sendo agredido por atletas e membros da comissão técnica do Londrina. Um dos supostos agressores, o ex-gerente de futebol do Tubarão Alex Brasil, não está entre os réus do processo.

Depois de mais de uma hora de julgamento, os treinadores Cláudio Tencati, do Tubarão, e Rogério Zimmermann já haviam prestado depoimento. Por volta das 12h15, foi ouvido o testemunho do cinegrafista gaúcho. A expectativa é que o julgamento leve cerca de quatro horas para ser concluído.

Procuradoria pede punição máxima

Perto das 13 horas, a procuradoria do STJD pediu punição máxima a todos os denunciados. Pela gravidade dos fatos, no entendimento da acusação, o Londrina Esporte Clube deveria perder mandos de campo já no Campeonato Paranaense. A medida, porém, deve ser refutada pela defesa - as irregularidades cometidas em campeonatos organizados pela CBF, como é a Série D do Campeonato Brasileiro, são costumeiramente punidas em outras competições nacionais. Se vierem, as punições devem ser cumpridas ou na Copa do Brasil ou na Série C.

Para a procuradoria, tanto o técnico gaúcho quanto o clube londrinense são co-responsáveis pela briga generalizada. "O Londrina permitiu, de forma irresponsável, que os dirigentes estivessem nessa área e incitassem essa briga. Se não existissem essas pessoas no campo, não haveria essa confusão", alegou o procurador.

Defesa

Já a defesa do Tubarão, conduzida pelo advogado Domingos Moro, não atingiu o objetivo de cooperação com o Brasil de Pelotas. Em seus 15 minutos de participação no julgamento, Moro pediu para que apenas os atletas identificados sejam punidos.

Exaltado, o advogado elevou o tom de voz para dizer que rixa e confusão - base do artigo 257 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) - é uma situação onde "todo mundo bate e todo mundo apanha". Não foi o que aconteceu no Estádio do Café, garantiu Moro. "O que nós tivemos foi uma aglomeração. Há uma hostilidade, mas não há agressão", destacou.

O defensor também pediu a não aplicação do artigo 213 do CBJD contra o Londrina. A acusação de que o clube deixou de tomar as providências necessárias para que não houvesse tumulto na praça de esportes não tem validade, segundo Moro, já que não houve nenhuma ocorrência com a torcida. "Em um estádio com mais de 15 mil torcedores não tivemos nada. Nem bomba, nem lasers, nem brigas, nem invasão de campo. Nada. Isso tem que ser exaltado", pontuou o advogado.

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