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Tricolor se apega aos terço e a calculadora

Se Corinthians ou Goiás vencerem Vasco e Atlético-MG, respectivamente, nesta quarta-feira, às 21h45, o Paraná estará matematicamente rebaixado. Para ainda manter alguma chance de escapar da degola, o Tricolor precisa torcer, na pior das hipóteses, por derrotas ou empates dos adversários diretos. Se um dos dois vencer, a equipe paranista se despede do Brasileirão no domingo, diante do Vasco, já rebaixada.

Enquanto aguarda, reza e faz cálculos, a equipe ainda sofre com três ausências para a sua última partida na competição. Suspensos, Jumar, Daniel Marques e Vandinho não atuam em São Januário. Já o zagueiro Nem é a novidade após cumprir a automática contra o Santos. O grupo volta aos treinamentos nesta terça-feira e Saulo de Freitas já deve começar a pensar nos substitutos.

A comissão de conselheiros do Paraná Clube encarregada de investigar possíveis irregularidades na gestão do ex-presidente José Carlos de Miranda promete concluir os trabalhos na próxima sexta-feira (30), quando se expira o prazo de um mês para que as investigações internas fossem feitas. Porém, a possibilidade de que alguém seja punido é menor do que parece.

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No mês de outubro surgiram na imprensa diversas denúncias contra Miranda. Ele estaria se beneficiando pela venda de jogadores do Tricolor a empresários, além de movimentar dinheiro do clube por intermédio de uma de suas contas pessoais. Segundo Benedito Gomes Barboza, conselheiro que preside as investigações, o que foi possível apurar apenas indica irregularidades, sem resultar em provas contundentes.

"O trabalho da comissão foi sempre unir os fragmentos das denúncias divulgadas pela imprensa. Nós colhemos depoimentos, juntamos peças e pretendemos concluir os trabalhos após o depoimento do ex-presidente na quinta-feira. Desse fato as coisas serão esclarecidas, porque ouvimos os empresários citados nas denúncias, ouvimos outras pessoas do departamento de futebol e o próprio Aurival Correia, e só com a confirmação do Professor Miranda é que poderemos afirmar que temos provas materializadas", explicou Barboza.

Apesar de não querer adiantar nada do que já foi apurado até o momento, o conselheiro paranista deu mostras de que pouco foi possível ser levantado contra Miranda. "Nós tivemos dificuldades em conseguir acesso a vários documentos importantes. Eu até pedi aos vários veículos de comunicação que fizeram as denúncias para que tivéssemos acesso ao conteúdo integral das denúncias, mas não obtivemos êxito nisso", lamentou.

Para Barboza, a esperança do Paraná em desfazer os negócios envolvendo os empréstimos de Thiago Neves e Eltinho, além da venda do meia Cristian ao Palmeiras em 2005 são remotas. Assim, o clube deve seguir sem reaver possíveis participações a que teria direito nesses negócios. "Se concluirmos que o ex-presidente é culpado, o departamento jurídico verá quais os caminhos a serem tomados. Mas isso só pode ser feito se tivermos elementos consistentes", finalizou Barboza.

Punições à Miranda podem variar entre advertência até expulsão

Enquanto aguarda a conclusão das investigações, o presidente do Conselho Deliberativo do Paraná Clube Luis Carlos Souza prefere não falar do caso, porém adianta as possíveis punições ao ex-presidente do clube, José Carlos de Miranda, caso sejam encontradas evidências de que ele tirou proveito da instituição para si próprio.

"Acredito que marcaremos uma reunião do conselho ainda neste ano para analisar o caso depois da conclusão do inquérito. A partir daí os conselheiros irão apreciar se as denúncias são ou não verdadeiras. Se forem sugeridas ações contra ele (Miranda), isso pode variar, segundo do estatuto do clube, desde uma advertência até a expulsão dos quadros", assegura Souza.

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