Sob uma avalanche de processos e dívidas trabalhistas, Remo e Paysandu vivem dias de extrema dificuldade. A desembargadora corregedora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) Pastora Leal, e a juíza Marlise Laranjeira determinaram o retorno do bloqueio de renda dos clubes paraenses. Uma fonte ligada ao TRT da 8ª Região revela ao site do jornal O Liberal que os clubes perderam a credibilidade junto à entidade ao não honrarem o compromisso de pagar em dia as parcelas de amortização de uma dívida que chega a R$ 4,7 milhões no total.

CARREGANDO :)

Como não conseguiu pagar três das parcelas de R$ 50 mil do acordo feito com a Justiça do Trabalho em abril, o Leão já sofreu o bloqueio de R$ 21.661,69, que representam 30% de sua renda líquida e a arrecadação da próxima partida do Azulino, contra o Grêmio Barueri, também será retida, para que sejam pagos os R$ 41.775,68 devidos ao atacante Jaílson. Mas a dor de cabeça do presidente Raimundo Ribeiro não acaba aí. Outros 105 processos contra o clube estão pendentes e foi marcado para o dia 24 de agosto o leilão de sua sede social. O total devido pelo Remo é de cerca de R$ 3 milhões.

Quase sem renda

Publicidade

Inadimplente com a Justiça desde julho, o Papão tem problemas parecidos. A dívida total do clube é de aproximadamente R$ 1,7 milhão, mas, com o time eliminado da Série C do Brasileirão, o presidente Miguel Pinho conta apenas com as mensalidades pagas pelos associados para pagar as parcelas de R$ 35 mil da dívida de aproximadamente R$ 1,7 milhão, relacionada aos 92 processos em execução contra o bicolor.

Segundo a fonte no TRT, o descumprimento do acordo torna difícil uma conciliação com a Justiça. Enquanto isso, os juízes responsáveis têm evitado ordenar a retenção total das rendas, mantendo as punições entre 30% e 50% para que os pagamentos possam ser realizados, sem que os clubes sejam inviabilizados.