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 | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

René Simões referenda chegada de Marcelinho Paraíba

No período em que comandou o Fluminense, René Simões esteve em contato mais próximo do mais novo reforço coxa-branca, o meia Marcelinho Paraíba. O jogador de 33 anos estava no Flamengo, e chega ao Verdão como o "presente do centenário". Cercado de expectativa, o apoiador é visto como salvador da pátria pela torcida, e Simões concorda que a contratação foi muito acertada.

"É um belo jogador, criativo, intuitivo e muito rápido. Em forma, ele vai ajudar muito o Ivo e o Coritiba neste ano", analisou Simões. O treinador acredita que a vinda de Marcelinho pode preencher o que falta ao Coxa para chegar ao bicampeonato. "Acredito que o clube pode ficar com o título. E o Ivo vai permanecer ai!", disse, em tom enfático.

  • No último domingo, a torcida não aguentou e pediu a volta de René Simões. Satisfeito, o treinador não fala no assunto

René Simões ocupa um capítulo especial da história do Coritiba. Disto, ninguém dúvida. O treinador reconduziu o Verdão à Série A em 2007, com direito a título da Segunda Divisão, e ganhou o carinho incondicional do torcedor. No domingo, após mais um tropeço – empate de 1 a 1 com o Cianorte –, o nome do treinador de 56 anos voltou a ser lembrado pela massa alviverde, que pediu a saída do hoje comandante do Coxa, Ivo Wortmann. Ciente do fato, Simões revelou que torce pela reação do treinador e amigo, e que inclusive ligou para dar apoio.

"Liguei para o Ivo e dei muita força a ele. Somos muito amigos e eu até sei que nem precisava ligar para ele, já que nos conhecemos bem, mas fiz questão. Existem coisas feias acontecendo no mundo do futebol, o que me entristece. Não tenho contato ai em Curitiba, não fico falando com ninguém e torço pelo Ivo e pelo Coritiba. Creio que ele e o time darão a volta por cima, assim como fez o Dorival (Júnior) no ano passado, sendo campeão, ainda mais no ano do centenário", afirmou Simões, por telefone, à Gazeta do Povo Online.

Curtindo férias desde a sua saída do Fluminense, René Simões não esconde a alegria pelo carinho que a torcida do Coxa nutre por ele, e diz que o sentimento é recíproco. Contudo, prefere não falar em planos de voltar a trabalhar no clube, sobretudo porque julga antiético falar deste tipo de assunto com um profissional empregado e trabalhando no Alviverde. O técnico aproveitou para desmentir os boatos de que teria sido sondado pela diretoria coxa-branca ainda no último domingo.

"Eu estava em Zurique, na Suíça, e só voltei hoje (terça-feira). Gosto de dar uma pausa entre um trabalho e outro, por isso também recusei os três convites que chegaram, do Figueirense, do Náutico e da Portuguesa. Avaliei tudo o que aconteceu no Fluminense, porque fiquei muito triste com a forma que saí do clube, e como digo, acontecem coisas muito feias no futebol de hoje. Guardo para mim as lições, serviu como aprendizado", declarou.

René Simões tem a intenção de voltar a trabalhar em breve, mas não define data. O que ele sabe, por hora, é que terá de ser em um clube que tenha grandes aspirações.

"É preciso ter a mentalidade de ser campeão, este é o primeiro ponto. Existem outras coisas é claro quero colocar em prática, mas é preciso também repensar o que queremos para o futebol brasileiro", avaliou o técnico, adiantando alguns pontos deste próximo trabalho.

"Só vemos equipes com três zagueiros, três volantes e um atacante. Estou preocupado com isto, e desta maneira quero colocar algumas coisas que não pude no Fluminense em prática no meu próximo trabalho. Quero ver se são idéias boas, mas dá para adiantar que quero um time bem ofensivo, do jeito que gosto. O mundo todo está jogando com até três atacantes, veja o Manchester United como exemplo, Cristiano Ronaldo aberto de um lado, o (Ryan) Giggs de outro, e o Berbatov ou o Tevez centralizado. Não vejo isto aqui, e quero poder fazer no meu próximo clube", completou Simões.

Se serve de consolo ao torcedor do Coritiba que gostaria de ver René Simões de volta ao clube, o treinador deixa claro que ficou com uma boa impressão dos dirigentes alviverdes quando recebeu um convite para retornar, no fim de 2008 (o qual acabou recusado por conta da renovação dele com o Fluminense).

"Tive um bom contato com o presidente Jair Cirino quando nos encontramos, na minha passagem com a Jamaica por ai, e também tive uma impressão muito boa do (Paulo) Jamelli e do (Homero) Halila", concluiu.

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