A cada partida sem vitória do Paraná Clube nesta Série B do Brasileirão, a torcida queixa-se com razão e marca jogadores na sua "lista negra". Na rodada anterior, contra o Brasiliense, não foi diferente, diante da derrota por 2 a 0 em casa. A situação está deixando alguns atletas em situação desconfortável e já aconteceram pedidos para deixar o Tricolor. Quem afirma é o empresário Luiz Alberto Oliveira, parceiro do clube em boa parte do elenco.
"Temos de aparar as arestas porque vejo um trabalho para desestruturar o Paraná. É algo orquestrado. Se é jogador nosso, então o pessoal bate mais forte, critica mais. Pedi uma atitude da diretoria, pois isto é muito triste e não ajuda. Me lembro do caso do Léo Gago no ano passado. Ele foi ameaçado pela torcida e pediu para ir embora. Hoje é um dos principais jogadores do Avaí", declarou o agente, por telefone, à Gazeta do Povo.
Já o presidente do Paraná, Aurival Correia, rebateu as alegações exemplificando a situação. "A pressão acaba no momento em que a equipe faz o resultado. Isto existe em qualquer clube, o jogador tem de saber lidar com isso. Quem paga os salários é o Paraná, o vínculo de empréstimo é conosco e todos vão continuar", disse. Apesar de os nomes dos atletas "perseguidos" não terem sido revelados, o zagueiro Aderaldo, o meia Davi e o atacante Malaquias têm sido os mais criticados pelo torcedor.
Finanças sepultam chances de contratações a curto prazo
Os maus resultados neste início de Série B fizeram a diretoria do Paraná rever o planejamento para a competição e existia a expectativa de que algum reforço pudesse chegar ainda nesta semana. Contudo, de acordo com o presidente Aurival Correia, ninguém virá neste momento. A hora é de cobrar e prestigiar o atual elenco.
"Temos um elenco grande, confiamos em quem está aqui e não estamos pensando em nenhum nome. Digo com toda a certeza que ninguém vai aparecer aqui amanhã ou depois. Não podemos ficar dando este tipo de esperança à torcida, ninguém nos foi oferecido", garantiu. Uma rádio de Curitiba ventilou dois nomes que estariam em pauta: o volante Basílio (Criciúma) e o atacante William (ex-Coritiba e hoje no Avaí). Apenas o segundo chegou a ser especulado.
"O William tem uma proposta de R$ 50 mil do São Caetano, com luvas de R$ 200 mil. É um jogador interessante, mas não há nenhuma possibilidade. Este Basílio eu não conheço", comentou Correia. Luiz Alberto Oliveira, por outro lado, diz que aguarda um parecer do Paraná para oferecer alguns nomes.
"Acho que é preciso reforçar, já disse que não medirei esforços para ajudar a subir. Creio que sejam necessárias algumas peças em algumas posições, mas antes preciso saber o patamar que eles podem pagar. Não adianta trazer alguém e depois eles não receberem", concluiu o agente.
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