Com jogadas bem trabalhadas, Paraná vence o Vila Nova| Foto: Weimer Carvalho / O Popular

FICHA TÉCNICA: Confira os detalhes e lances de Vila Nova x Paraná

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Vitória sobre o Vila Nova foi a terceira seguida do tricolor na Série B

O Paraná Clube quebrou pelo menos três tabus na noite nesta terça-feira (30) ao vencer o Vila Nova por 2 a 0 no estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO). Foi a terceira vitória consecutiva do tricolor na competição, a primeira do técnico Paulo Comelli fora de casa e a primeira vez que o Vila, vice-líder da Série B, perdeu dentro do seu estádio. Com o resultado, o tricolor chegou aos 36 pontos e abriu seis do Fortaleza, 17º colocado, primeiro time na zona do rebaixamento.

Para explicar como foi o jogo, é preciso destacar alguns personagens fundamentais. O primeiro a aparecer foi o árbitro Luis Antônio Silva Santos, que durante a primeira etapa minou a equipe paranista com cartões amarelos. "É brincadeira. Ele amarelou nosso time inteiro só no primeiro tempo. Está bem como ele quer. Ele está mal intencionado", disse o técnico Paulo Comelli, que teve o discurso endossado por jogadores paranistas no intervalo.

O segundo personagem relevante foi o goleiro Mauro. Com defesas importantíssimas – sendo que a maior delas no pênalti cobrado pelo artilheiro Túlio, aos 31 minutos do segundo tempo -, ele garantiu o placar para o tricolor. Outros dois jogadores que roubaram a cena foram Ricardinho e Pimpão. O primeiro conduziu e armou as jogadas do time durante os 90 minutos, além de dar o passe para os dois gols do atacante Pimpão, que entrou no segundo tempo para se tornar o artilheiro da noite.

Na próxima rodada o Paraná enfrenta o Juventude, mais uma vez fora de casa, dia 11 de outubro (sábado, às 16h). O Vila Nova joga na próxima terça-feira (7), a partir das 20h30, contra o Bahia.

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O Jogo

Lá e cá. Talvez não exista expressão que melhor ilustre o primeiro tempo do jogo entre Vila Nova e Paraná. Times muito bem dispostos e principalmente ousados. Os espaços gerados pelas grandes dimensões do gramado do Serra Dourada propiciaram um futebol ágil, com jogadas bem trabalhadas e perigosas.

O tricolor explorava os lances pelo meio, deixando as alas apenas como opção para variações. O Vila Nova optou pelo mesmo tipo de jogada, mas mesmo assim não houve congestionamento no setor. Surpreendentemente, até certo ponto, o tricolor paranaense não teve medo do adversário e jogou ofensivamente o tempo todo.

Isso gerou muita expectativa e correria na zaga do Paraná, afinal o Vila Nova partia no contra-ataque a cada tentativa dos visitantes. Diante de tantas jogadas de perigo, dois jogadores se destacaram dos demais durante a primeira etapa: Max e Mauro. Só chamaram mais atenção que os dois goleiros, os cartões amarelos mostrados aos jogadores paranistas. Quatro no total, todos para jogadores de marcação (Daniel Marques, Pituca, Fabrício e Agenor).

Polêmica

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Dois desses cartões foram distribuídos na jogada mais polêmica da primeira etapa. Aos 31 minutos de jogo, Fabrício recebeu uma pancada e ficou caído dentro da grande área paranista, próximo à linha de fundo. Mesmo com o jogador caído, o árbitro Luiz Antônio Silva Santos autorizou a cobrança de escanteio e por pouco Túlio não consegue marcar. Mauro defendeu e se irritou com a postura do árbitro. Os jogadores reclamam muito e Pituca e Fabrício foram amarelados.

O jogo ficou um pouco nervoso depois disso e o Paraná diminuiu o ritmo. O Vila cresceu e na melhor chance do jogo, já aos 46 minutos, Reinaldo recebeu dentro da área e chutou colocado, na trave direita de Mauro.

Segundo tempo

No segundo tempo, Mauro novamente se destacou: uma vez pela sorte, outra pela competência. O primeiro lance aconteceu aos 7 minutos, quando Pedro Júnior (que havia entrado no 1º tempo) driblou Agenor, passou pelo goleiro paranista e chutou forte, nas redes pelo lado de fora. Depois aos 16, quando Túlio recebeu grande lançamento e chutou de canhota. Nova defesa do camisa 1 do Paraná.

Paraná vai para cima

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Apesar de ter voltado um pouco mais lento para a segunda etapa, o Paraná não perdeu a concentração. O time foi conduzindo o jogo ao seu ritmo para garantir o empate. Mas aos 30 minutos Ricardinho recebeu pela esquerda e numa dividida acabou indo ao chão. Na raça, ele se levantou, ficou com a bola e cruzou com capricho. Pimpão apareceu sozinho na área para tocar no canto esquerdo de Max, abrindo o placar.

Logo depois, por muito pouco, a alegria do Paraná não se transformou em frustração. Em rápido contra-ataque, Pedro Júnior recebeu pela esquerda, fez o breque e cruzou para a pequena área. A bola bateu no braço de Pituca e o árbitro marcou pênalti. Túlio, artilheiro da Série B, foi para a cobrança e Mauro, provando realmente estar em noite inspirada, fez grande defesa e evitou o empate.

Cheio de motivação e tentando aproveitar o abatimento do adversário, o Paraná foi para cima. Mesmo sentindo dores, Ricardinho deu um lindo passe em profundidade para Pimpão, que apareceu bem colocado e sem marcação. Depois de um drible desconcertante no goleiro Max, ele tocou para as redes e fechou o placar para o tricolor.