Roger Federer aumentou sua lista de feitos históricos neste domingo. O suíço venceu o sérvio Novak Djokovic, número 3 do mundo, por 3 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/4), 7/6 (7/2) e 6/4, e conquistou o tetracampeonato do US Open, algo que nenhum tenista conseguiu nos últimos 82 anos.
O americano Bill Tilden, hexacampeão de 1920 a 1925, havia sido o último atleta a obter a marca. Na Era Moderna (a partir de 1968), porém, Federer é o primeiro a ter o feito no currículo.
Com mais este título do US Open, o suíço agora acumula 12 troféus de Grand Slam em casa. Ele deixa para trás lendas do esporte como Bjorn Borg e Rod Laver, empata com Roy Emerson e perde apenas para Pete Sampras (14 títulos).
Aos troféus e números, Federer soma US$ 2,4 milhões com a vitória deste domingo (US$ 1,4 milhão pelo título e US$ 1 milhão por ter somado mais pontos no US Open Series, série de torneios de quadra dura que antecedem o Grand Slam americano). É a primeira vez que um atleta, em qualquer modalidade, recebe um montante desses em um único evento.
- O bolso está fcando pesado - brincou Federer que, além dos cheques, recebeu um carro como presente de um patrocinador do torneio.
Mais jovem e fazendo sua primeira final de Grand Slam, Djokovic sentiu a falta de experiência. O sérvio teve set points na primeira e na segunda parciais, mas não jogou seu melhor tênis nos momentos decisivos e acabou superado pelo rival mais tarimbado, que ocupa o primeiro posto do ranking desde fevereiro de 2004.
Aos 20 anos, Djokovic, número 3 do mundo, é o mais jovem finalista do torneio desde 1990, quando Pete Sampras (19 anos 2 28 dias, em 1990) se sagrou campeão. Como consolação, Djokovic também acaba de ter sua presença confirmada na Masters Cup de Xangai, evento que reúne os oito melhores tenistas da temporada. Por enquanto, apenas o sérvio, Roger Federer e Rafael Nadal têm presença assegurada no torneio.
A partida
Como se esperava, o jogo começou parelho, e os dois tenistas confirmavam seus saques sem dificuldades. A partida seguiu sem break points até o 11º game, quando tanto o suíço quanto o sérvio começaram a dar sinais de nervosismo. Federer cometeu uma dupla falta no primeiro ponto do game e, com o game em 40/40, cometeu dois erros não forçados em bolas muito fáceis, de direita.
No game seguinte, foi a vez de Djokovic vacilar. O sérvio teve 40/0, mas cometeu dois erros não forçados e cedeu a igualdade. O número 3 do mundo ainda teve outros dois set points no game, mas voltou a falhar em ambas oportunidades. Com uma dupla falta, Djokovic acabou cedendo a quebra ao oponente. No tie-break, Federer, mais experiente, controlou melhor os nervos e venceu por 7/4. No último ponto, Djokovic cometeu mais uma dupla falta. Foi a segunda vez no game de desempate que o sérvio deu um ponto de graça ao errar os dois serviços.
O sérvio não se abateu e voltou a jogar bem na segunda parcial. Logo no quarto game, conseguiu quebrar o saque do suíço e abriu 4/1 na seqüência. O número 1, porém, reagiu. Jogando um sétimo game perfeito e esperando os erros de Djokovic, Federer devolveu a quebra sem permitir um ponto do sérvio.
O suíço voltou a mostrar sua capacidade de jogar bem sob pressão no 11º game. Sacando em 5/6 e 15/40, Federer salvou mais dois set points. Primeiro, com um ace. Em seguida, contou com uma direita de Djokovic que saiu por muito pouco. Nos pontos seguintes, Federer sacou novamente muito bem para forçar outro tie-break. No game de desempate, o serviço do número 1 fez a diferença. Ele não deu chances ao adversário e fechou em 7/2.
A última ameaça de Djokovic veio no quinto game do terceiro set. O sérvio teve dois break points e, no segundo deles, não rebateu a bola esperando que o juiz de linha marcasse bola fora. Como a chamada não veio, Djokovic pediu o replay, que confirmou a bola dentro. Federer se salvou e confirmou o serviço nos pontos seguintes.
No décimo game, aconteceu o que parecia inevitável. Djokovic não conseguiu mais resistir e, com uma curtinha que ficou na rede, cedeu a quebra e a vitória a Roger Federer.
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