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Era apenas o começo da temporada de 2011, e escrevi neste mesmo espaço um texto com o título: "A era Vettel?". O que parece óbvio hoje era ainda uma hipótese àquela altura – tanto que o título da coluna ainda vinha com uma interrogação. Também pudera: o jovem alemão havia conquistado seu primeiro título no ano anterior de forma dramática, após liderar o Mundial apenas na última prova e batendo Alonso na tabela com ajuda indireta do russo Vitaly Petrov, que passou a prova inteira em Abu Dabi trancando o espanhol.

Além de ser campeão pela primeira vez, foi também a primeira taça da Red Bull, que já naquela época levava a fama de melhor carro do grid.

Nesta coluna de março de 2011, escrevi: "Muitos criticavam o alemão por ainda cometer erros bobos [em 2010], mas Vettel mostrou rápido amadurecimento. Assim como Senna deu um grande salto após o primeiro título em 1988, Vettel agora passa a combinar o estilo arrojado com uma técnica impressionante, sem errar. Parece que vamos ouvir com muita frequência o mesmo hino que Schumacher nos ensinou a ouvir na F1".

O que impressiona ao lermos um texto de dois anos e meio atrás é que Vettel não apenas confirmou a hipótese como fez neste curto período o que apenas dois grandes nomes da F1 fizeram: Juan Manuel Fangio e o próprio Schumacher, com quatro títulos seguidos.

Este último sempre foi questionado por ter se aproveitado de uma época sem grandes talentos após a morte de Senna. Não é bem assim, mas, no caso de Vettel, então, ninguém pode ousar com esse argumento: Alonso, Hamilton, Raikkonen... A quantidade de grandes talentos no grid é alta. Mais um mérito dessa sequên­cia de anos que será lembrada como a "Era Vettel". E ele tem apenas 26 anos. O que será capaz de fazer agora, com a volta dos motores turbos de 2014? Não importa: Vettel já escreveu na História (aquela, com H maiúsculo) o seu nome também com o V maiúsculo, de Vencedor.

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