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Marina Silva, ministra inventora de estatística
Marina Silva, ministra inventora de estatística| Foto: EFE/José Jácome/ Phrase.it

“Alguém precisa dizer isto à Globo News: quando a militância entra por uma porta, o jornalismo sai pela outra” – Dora Kramer, jornalista. Está dito. Se alguém vai ouvir, é outra história.

“Lula é curto e direto: ‘Não façam CPI!’” – Eliane Cantanhêde, que inventou um novo Lula que nós nunca vimos (curto e direto). E ele não quer a CPI por quê? Estava sabendo de alguma coisa, ou continua em seu estado de não saber de nada, constante desde 2006?

“Eu acho errado chamar [apoiadores de Bolsonaro como Regina Duarte e Cássia Kis] de artistas. Eles podem ser atores, atrizes, apresentadores, empresários, enfim. Agora, artistas? Não tem como. Arte exige empatia” – Emilio Dantas, ator. O comentário fica para o psicólogo Paul Bloom, que disse sobre os envolvidos em um estudo científico que a “empatia os conduziu à agressão, mesmo quando não fazia qualquer sentido moral”. Deve ser por isso que a turma da empatia vira bicho quando é questionada.

“Eu tô preocupado, porque se você for fazer licitação para comprar um colchão, para fazer uma cama, nós vamos demorar 90 dias. Nunca antes na história do Brasil, eu sou obrigado a dizer isso, um presidente da República não teve onde morar” – Luiz Inácio Lula da Silva, presidente em situação de rua, lamentando que não estamos mais naqueles saudosos tempos em que as empreiteiras arrumavam o lar do presidente rapidinho, sem precisar de chateações burocráticas.

“O empresário não ganha muito dinheiro porque ele trabalhou. Ele ganha muito dinheiro porque os trabalhadores dele trabalharam” – Lula, presidente em que votaram pensando em paz e amor, mas se revelou o Lula do Velho Testamento.

“O tamanho do abacaxi que deixaram para o Lula... em vez de criticar, deviam agradecer a ele de joelhos todos os dias por se dispor a esta tarefa hercúlea aos 77 anos de idade, quando devia estar descansando por tudo que já fez pelo Brasil” – Cynara Menezes, blogueira socialista. Ele já tem um lugar para descansar: é um sítio, com pedalinhos para os netos, cozinha reformada...

“Eu tenho defendido que nós discutamos a questão da liberdade de reunião a céu aberto que se faz hoje, especialmente com o uso da internet. 300 mil pessoas podem ser reunidas num espaço e isso pode se revelar extremamente perigoso” – Gilmar Mendes, ministro do STF, perguntando se você realmente tem esse direito todo de se reunir. Mas reunião perigosa mesmo é uma de 11 pessoas em um certo prédio de uma certa praça. Parece que toda vez que ela acontece ficamos com um direito a menos e um ativismo judicial a mais.

“A expressão ‘família tradicional brasileira’ precisa acabar. A ‘tradição’ é o dono da fazenda casado engravidando a escrava na senzala. A ‘tradição’ é a violência doméstica. Essa história de família perfeita quase sempre é marketing e costuma ser propagada por quem tem rabo preso” – Eduardo Barão, jornalista e viajante do tempo que acabou de chegar do ano 1823, quando ainda havia escravos e senzala.

“O S em ESG quer dizer Satânico” – Elon Musk, bilionário do espaço-cérebro-carro-Twitter, falando de uma das principais portas de entrada para ideologia nas empresas: a “Governança Ambiental e Social” (ESG). Saiba mais aqui.

“A Lava Jato acelera e fomenta uma indisposição de parte da sociedade contra os poderes instituídos. Ela reforça uma ideia de que todas as instituições estão contaminadas pela corrupção” – Fábio de Sá e Silva, professor de ciências sociais, insinuando culpa de Moro e Dallagnol pelo vandalismo da Praça dos Três Poderes.

“Onde estão os liberais de plantão pra dizer que é importante ampliar o papel do setor privado pra diminuir a corrupção? 20 bilhões de fraude (rombo contábil pra ficar mais bonitinho) nas Americanas é pouquinho pra vocês?” – Glauber Braga, deputado federal do PSOL que não sabe a diferença entre dinheiro dado voluntariamente e imposto. Sabe quanto dinheiro de imposto desviado a Lava Jato identificou e tentou recuperar? R$ 40,3 bilhões.

“Tem que parar de ser parasita e aproveitador. Não querem trabalhar e pedem mais benefícios” – Mario Ishii, prefeito argentino do partido do Alberto Férnandez, sobre trabalhadores que protestam contra o governo. Sabem como é a “defesa dos trabalhadores” dessa turma: vem com Termos & Condições de Uso.

“Minha solidariedade a todas e todos que lutam por um mundo melhor” – Eduardo Suplicy, petista octagenário, hoje deputado estadual de São Paulo, num tweet com a foto da Greta Thunberg sendo pseudopresa na Alemanha, e uma foto dele próprio também sendo carregado pela polícia, já idoso. Quer dizer que as ideias dele não mudaram desde os 20 aninhos, idade da Greta? É plausível.

“No meu país tem 120 milhões de pessoas que estão passando fome” – Marina Silva, ministra do Meio Ambiente. É verdade. Nós estamos com fome de políticos que não inventem estatísticas no calor do momento.

Cantinho Todos Contra Glenn Greenwald 

“Confrontei governos ao redor do mundo e essa é a única vez que tive que perguntar ‘devo fazer reportagem disso? Posso criticar esse juiz com segurança?’” – Glenn Greenwald, jornalista, sobre aquele ministro do STF que não deve ser nomeado.

“O regime de censura no Brasil se tornou tão repressivo — um único juiz ordena o banimento e até prisão das pessoas sem devido processo ou justificação, tudo sob sigilo — que até o New York Times alertou duas vezes para a gravidade disso” – Glenn Greenwald, sobre aquele ministro que nossos advogados nos aconselhariam a não mencionar.

“Perdeu, Glenn. Não amola” – José de Abreu, ator petista (ou petista ator?), aquele que já cuspiu na cara de desafetos políticos, em seu novo papel, ‘Barroso em Nova York’.

“Caro Glenn, no Brasil está vigente a Constituição Federal de 1988, não a First Amendment da US Constitution, esse monumento obsoleto. 200 anos de distância” – Conrado Hubner, professor de direito da USP (sério). Para defender a censura, o douto doutor meteu essa: que a Constituição americana é inferior à brasileira por ter durado mais. Cadê Raul Seixas? Pare o mundo que eu quero descer!

“Para todos os estrangeiros que estiverem interessados em política brasileira e sistema judiciário... O que Glenn está falando NÃO É VERDADE” – Felipe Neto, influenciador, imitador de focas e onipalpiteiro. Originalmente ele escreveu em um inglês sofrível, traduzimos duas vezes, portanto.

“Então estou mentindo? O NYT — dizendo as mesmas coisas — também está mentindo?” – Glenn Greenwald, chamando o youtuber na chincha.

“Sim, o NYT está mentindo, como você os acusa com frequência de fazer. Esse artigo está cheio de desinformação e foi projetado para proteger pessoas empresárias liberais que apoiaram um golpe no Brasil” – Felipe Neto. Na parte de “golpe”, palavra que o inglês pegou emprestado do francês: “coup”, ele escreveu errado: “cue”. Deve ser de onde ele tira esses argumentos.

“Você é um dos maiores influenciadores do YouTube no mundo porque poucas pessoas têm mais talento para apoiar qualquer coisa que seja popular no momento: impeachment da Dilma, Moro e Lava Jato, prisão do Lula, agora o PT é popular então você está lá” – Glenn Greenwald devolve com um cruzado de direita bem na verdade incômoda.

“Agora você está só repetindo o que fascistas dizem sobre mim” – Felipe Neto, tentando apelar para a compaixão do adversário.

“Sim, as pessoas mudam. Por exemplo, você e seus novos aliados petistas me aclamaram como grande jornalista, modelo de integridade, me deram prêmios. Agora, pessoas como você me chamam de mentiroso por diversão e por cliques. Toda opinião política que você tinha mudou, porque o vento mudou. A minha permanece a mesma” – Glenn Greenwald. Nocaute! Parem a luta!

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