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Curitiba vive ano de entregas

Mercado da capital conseguiu atender a demanda reprimida e, em 2013, registra recorde em unidades concluídas. São 43% a mais que no ano passado

O contador Osmael Rocha e sua esposa, Terezinha. Os filhos cresceram e o casal resolveu trocar a casa por um apartamento menor | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
O contador Osmael Rocha e sua esposa, Terezinha. Os filhos cresceram e o casal resolveu trocar a casa por um apartamento menor (Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo)

O ano de 2013 será marcado pelo recorde no número de imóveis entregues. Até setembro foram 14.704 novos certificados de conclusão de obras residenciais e a estimativa é chegar a 20,7 mil até o fim do ano, o que significa 43% mais imóveis que no mesmo período de 2012, aponta a pesquisa Perfil Imobiliário 2013.

São unidades lançadas e vendidas ainda em 2009 e 2010, época de crescimento vertiginoso do mercado da capital paranaense. "Temos um novo ciclo imobiliário começando. Passamos da fase crítica, com muita demanda e pouca oferta, para um momento de demanda alta, mas dentro da normalidade", avalia o economista Fábio Tadeu Araújo. Neste novo ciclo não só o comprador do primeiro imóvel é atendido, mas também aquele que busca um "upgrade" ou uma adaptação, por motivos como a família que aumentou ou mesmo diminuiu.

Esse é o caso do contador Osmael Rocha. Ele morava em uma casa grande com a mulher, Terezinha, e os filhos. "Eles foram saindo de casa e o espaço ficou grande para nós", conta Rocha, que optou por um apartamento menor na Vila Isabel. "Sempre morei nesta região, minha esposa também. Também queríamos um apartamento porque não exige tanto cuidado e manutenção como a casa", explica.

Equilíbrio

Mesmo com a oferta em um de seus níveis históricos mais altos, o se­­tor afirma que não há saturação no mercado imobiliário de Curitiba. Não há concentração preocupante de tipologia, nem em termos de localização. Tal característica revela, segundo o setor, um mercado saudável na capital paranaense.

Para eles, os imóveis que demoram mais para vender encontram-se, em sua maioria, em duas situações: ou têm algo errado na concepção do projeto ou estão em áreas mais carentes de infraestrutura. Este último aspecto se aplica ao Ecoville. A região da cidade que abriga "pedaços" dos bairros Campo Comprido, Campina do Si­­quei­­ra e Mossunguê carece de uma diversidade maior de comércio e serviços e, por isso, acredita-se, ainda possui um estoque significativo de unidades: mais de 1,5 mil, em que 36% são de imóveis colocados à venda ainda em 2011.

Cautela

Com um mercado mais estável, o setor redobrou a cautela e investe cada vez mais em estudos antes de lançar um empreendimento. "Para continuar competitivo é importante investir em pesquisa, fazer aquilo que o potencial cliente quer para garantir a assertividade na venda", afirma o diretor-executivo da construtora Hés­­tia, Rafael Mansur.

Na construtora e incorporadora Swell as pesquisas estão ainda mais frequentes. "Procuramos nos destacar oferecendo acabamento especial e uma série de itens, como entradas para ar condicionado nos cômodos. Em alguns casos, a diferença no valor pode chegar a R$ 45 mil", conta Leo­­nardo Pissetti, diretor de empreendimentos da empresa.

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