O trabalhador hispano-americano Orlando Arenas diz que votará em Barack Obama nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 4 de novembro porque a história pessoal do democrata diz respeito à forma como ele, Arenas, interpreta o "sonho americano".
Gabriella Friddle, uma designer gráfica vinda do Peru para os EUA há mais de 25 anos, disse que pretende votar em Obama porque gosta do candidato. Friddle mora em Dallas e possui cidadania norte-americana.
"Eu gosto muito dele. Acho-o inteligente e educado. E acho que ele será bom para o país. Ele é muito franco e eu acho que ele nos tirará da crise econômica de hoje", afirmou ela.
Quando Obama ganhou força nas prévias democratas, no começo deste ano, poucos hispânicos dos EUA sabiam de quem se tratava, e os que sabiam tendiam a dar apoio a sua principal adversária dentro do partido, a senadora Hillary Clinton.
No entanto, à medida que a batalha pela Presidência entra em sua fase final, os norte-americanos de origem latina estão fazendo campanha pelos democratas e parecem estar mais entusiasmados com um político antes visto com certa desconfiança.
Os hispânicos respondem por 15 por cento da população dos EUA e por 9 por cento de seu eleitorado. Uma pesquisa do Centro Hispânico Pew divulgada em julho mostrou que dois terços dos eleitores latinos preferiam Obama a seu rival do Partido Republicano, John McCain - uma vantagem maior do que em qualquer outro momento da última década para um democrata.
Obama também conta com bons índices de aprovação (entre 63 e 55 por cento) em Estados decisivos como Colorado, Novo México e Nevada, ao passo que surge empatado com McCain na Flórida, revelou na semana passada um estudo da Associação Nacional de Autoridades Latinas Eleitas e Nomeadas (Naleo).
No começo deste ano, muitos especialistas acreditavam que Obama enfrentaria uma dura batalha para conquistar o apoio dos latinos simpatizantes de Hillary - cujos laços com essa comunidade datam da Presidência de seu marido, Bill Clinton, que ficou oito anos no poder.
E alguns acreditavam que Obama teria dificuldades ainda maiores entre os latinos pelo fato de ser negro.
"A realidade era que poucos hispânicos o conheciam quando ele começou a fazer campanha", disse Arturo Vargas, diretor-executivo do fundo educacional da Naleo.