• Carregando...

O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, defendeu nesta sexta-feira (1º) a continuidade da divulgação de documentos secretos, dois anos após a publicação de milhares de despachos classificados do departamento americano de Estado.

"Desde 2010, os governos do Ocidente têm tentado classificar o WikiLeaks como uma organização terrorista, dando uma resposta desproporcional tanto de figuras políticas como de instituições privadas", escreveu Assange no site Huffington Post.

No segundo aniversário do "escândalo" provocado pela divulgação dos documentos, Assange lembrou que seu site revelou as tentativas dos Estados Unidos de ocultar suas atrocidades, coagir governos e dominar a economia global.

"As publicações do WikiLeaks podem mudar e mudaram o mundo, e para melhor", disse Assange, citando alguns dos documentos secretos do departamento de Estado que publicou.

"Dois anos depois, nenhuma ação judicial por danos morais foi apresentada, e os telegramas mostraram claramente que muita gente tinha sangue nas mãos".

Ao expor a morte de civis iraquianos e a corrupção do regime tunisiano, o WikiLeaks contribuiu para forçar a saída das tropas americanas do Iraque em 2011 e alimentou a revolta na Tunísia que se alastrou para outros países árabes, destacou Assange.

O australiano de 41 anos foi detido em 2010 após o WikiLeaks divulgar milhares de documentos classificados dos Estados Unidos, principalmente sobre as guerras contra o terror no Iraque e Afeganistão.

Assange, refugiado na embaixada do Equador em Londres há cinco meses, é alvo de um pedido de extradição da Suécia por crime sexual. O fundador do WikiLeaks solicitou asilo a Quito por temer uma extradição aos Estados Unidos, onde correria o risco de ser condenado a morte.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]